A compaixão do Buda




















Os pais amam a todos os filhos de maneira igual, mas seu amor se redobra com especial ternura para com um filho doente.

A compaixão de Buda se volta igualmente para todos os homens, mas ela se dirige com especial carinho, àqueles que, por causa de sua ignorância, tem de suportar os mais pesados fardos de erros e sofrimentos.

O sol surge no oriente e dissipa as trevas do mundo, sem detrimento ou favoritismo para com determinada região. Assim, a misericórdia de Buda a todos abarca, encorajando-os a seguir o caminho do bem e a evitar os labirintos do mal; destarte, Ele elimina as trevas da ignorância e conduz o povo à Iluminação.

Buda é, ao mesmo tempo, pai e mãe: pai, por sua compaixão, e mãe, por sua bondade. Em sua ignorância e apego aos desejos mundanos, os homens agem muitas vezes, com excessiva paixão; assim não é Buda. Ele estende igualmente sua compaixão a todos. Sem a misericórdia de Buda os homens se perdem e, devem receber os meios de salvação como filhos de Buda.

Ananda e Pakati


Ananda foi o primo de Buda e serviu como seu assistente pessoal por 25 anos. Um dia quando Ananda estava passando por um poço próximo a uma vila, ele pediu a Pakati, uma jovem mulher expulsa de sua casta, por água.

Pakati respondeu: "Ó monge, eu sou muito humilde para dar para você água de beber. Não peça pelos meus serviços para que sua santidade não seja contaminada, pois eu sou de uma casta inferior."

Ananda disse: "Eu não peço por casta, mas por água."


O coração de Pakati pulou de alegria e ela ofereceu água para Ananda.

Tendo escutado que Ananda fora um discípulo de Buda, a mulher suplicou ao Buda: "Ó Lorde, ajude-me e deixe-me viver no local onde seu discípulo Ananda reside para vê-lo e servi-lo, pois eu amo Ananda."

O Buda compreendeu seu coração e disse: "Pakati, seu coração está repleto de amor, entretanto você não compreende seus próprios sentimentos. Não é Ananda quem você ama, mas sua bondade. Aceite a bondade que você observou-o praticando com você e pratique essa bondade em relação aos outros."

O Buda e o Deva



O Buda estava um dia no jardim de Anathapindika, na cidade de Jetavana, quando lhe apareceu
um Deva (espírito da natureza) em figura de brâmane e vestido de hábitos brancos como a neve,
e entre ambos se estabeleceu o seguinte "duelo":




O Deva: - Qual é a espada mais cortante?
Ao que Buda respondeu:
- A palavra raivosa é a espada mais cortante.

- Qual é o maior veneno?
- A inveja é o mais mortal veneno.

- Qual é o fogo mais ardente?
- A luxúria.

- Qual é a noite mais escura?
- A ignorância.

- Quem obtém a maior recompensa?
- Quem dá sem desejo de receber é quem mais ganha.

- Quem sofre a maior perda?
- Quem recebe de outro sem devolver nada é o que mais perde.

- Qual é a armadura mais impenetrável?
- A paciência.

- Qual é a melhor arma?
- A sabedoria.

- Qual é o ladrão mais perigoso?
- Um mau pensamento é o ladrão mais perigoso.

- Qual o tesouro mais precioso?
- A virtude.

- Quem recusa o melhor que lhe é oferecido neste mundo?
- Recusa o melhor que se lhe oferece quem aspira à imortalidade.

- O que atrai?
- O bem atrai.

- O que repugna?
- O mal repugna.

- Qual é a dor mais terrível?
- A má conduta.

- Qual é a maior felicidade?
- A libertação.

- O que ocasiona a ruína no mundo?
- A ignorância.

- O que destrói a amizade?
- A inveja e o egoísmo.

- Qual é a febre mais aguda?
- O ódio.

- Qual é o melhor médico?
- O Buda.




O Deva então faz sua última pergunta: - O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?

Buda respondeu:
- O benefício das boas ações.

Satisfeito com as respostas, o Deva, com as mãos juntas, se inclinou respeitosamente ante Buda e desapareceu.





Do livro "Buda - Aquele que Despertou" Martin Claret.

SÓ PARA OS INTELIGENTES

  
Exercicios para treinar o cérebro

Exercícios para cérebros enferrujados
Não  deixe de ler..
                   De aorcdo com uma peqsiusa   de uma uinrvesriddae ignlsea,   não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso,   a úncia csioa iprotmatne é que   a piremria e útmlia Lteras etejasm  no lgaur crteo. O rseto pdoe ser  uma bçguana ttaol, que vcoê   anida pdoe ler sem pobrlmea.  

Itso é poqrue nós não lmeos   cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa   cmoo um tdoo.
 
Sohw de bloa.


Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua  mente leia corretamente o que está escrito..

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Um Conto de Natal de Tolstoi


Um aldeão russo, muito devoto, constantemente pedia em suas orações que Jesus viesse visitá-lo em sua humilde choupana.

Na véspera do Natal sonhou que o Senhor iria aparecer-lhe.
Teve tanta certeza da visita que, mal acordou, levantou-se imediatamente e começou a pôr a casa em ordem para receber o hóspede tão esperado.

Uma violenta tempestade de granizo e neve acontecia lá fora.
E o aldeão continuava com os afazeres domésticos, cuidando também da sopa de repolho, que era o seu prato predileto.

De vez em quando ele observava a estrada, sempre à espera...

Decorrido algum tempo, o aldeão viu que alguém se aproximava caminhando com dificuldade em meio a borrasca de neve.

Era um pobre vendedor ambulante, que conduzia às costas um fardo bastante pesado.

Compadecido, saiu de casa e foi ao encontro do vendedor.
Levou-o para a choupana, pôs sua roupa a secar ao calor da lareira e repartiu com ele a sopa de repolho.

Só o deixou ir embora depois de ver que ele já tinha forças para continuar a jornada.

Olhando de novo através da vidraça, avistou uma mulher na estrada coberta de neve.
Foi buscá-la, e abrigou-a na choupana.
Fez com que sentasse próximo à lareira, deu-lhe de comer, embrulhou-a em sua própria capa...

A noite começava a cair...
Não a deixou partir enquanto não readquiriu forças suficientes para a caminhada.
E nada de Jesus!

Já quase sem esperanças, o aldeão novamente foi até a janela e examinou a estrada coberta de neve.

Distinguiu uma criança e percebeu que ela se encontrava perdida e quase congelada pelo frio...

Saiu mais uma vez, pegou a criança e levou-a para a cabana.
Deu-lhe de comer, e não demorou muito para que a visse adormecida ao calor da lareira.

Cansado e desolado, o aldeão sentou-se e acabou por adormecer junto ao fogo.
Mas, de repente, uma luz radiosa, que não provinha da lareira, iluminou tudo!

Diante do pobre aldeão, surgiu risonho o Senhor, envolto em uma túnica branca!
- Ah! Senhor! Esperei-O o dia todo e não aparecestes, lamentou-se o aldeão...

E Jesus lhe respondeu:
"Já por três vezes, hoje, visitei tua choupana:
O vendedor ambulante que socorrestes, aquecestes e deste de comer...
era Eu!
A pobre mulher, a quem deste a capa...
era Eu!
E essa criança que salvaste da tempestade, também era Eu..."
"O Bem que a cada um deles fizeste,
a mim mesmo o fizeste!"

Baseado em Um Conto de Natal, atribuído a León Tolstoi

À procura das Pérolas


 

(Nº. 215 - Trip., XIX, 7, p. 14 ro.)


Ananda disse ao Buda: “O senhor, ó Buda, nasceu em uma família real, permaneceu sentado sob uma árvore e meditou sobre a sabedoria durante seis anos. Obter assim (a dignidade) de Buda é lográ-la facilmente”.
O Buda respondeu a Ananda: “Certa vez, Ananda, havia um senhor proprietário extremamente rico que possuía toda sorte de jóias, mas como não possuía as verdadeiras pérolas vermelhas, não se sentia satisfeito. Levando consigo outros homens, ele foi ao mar para recolher algumas pérolas; após superar vários perigos e obstáculos, conseguiu chegar ao local onde se encontravam as jóias. Ele cortou seu corpo para fazer correr o sangue, o qual colocou em um saco untado com óleo, suspenso no fundo do mar. As ostras, ao sentirem o odor do sangue, vieram sugá-lo. Então ele pôde retirar as ostras e, abrindo-as, fez saírem as pérolas; recolhendo-as dessa maneira durante três anos, ele chegou a formar um colar inteiro.
Quando retornava, ao chegar à margem de um rio, seus companheiros, vendo que trazia jóias preciosas, armaram-lhe uma cilada. Enquanto o seguiam para pegar água, reuniram-se e o atiraram em um poço, que depois cobriram, e partiram. Passado um longo tempo desde que caíra no fundo do poço, o homem percebeu um leão que se aproximava por um orifício lateral para beber água. Ele novamente teve muito medo. Mas, quando o leão partiu, o homem procurou a passagem por onde o animal havia vindo, pôde sair (do poço) e voltar a seu país. Quando seus companheiros retornavam à sua casa, o homem os chamou e disse: “Vocês me roubaram um colar. Ninguém o sabe, nem que vocês também tentaram-me fazer perecer. Devolvam-no em segredo e eu não os denunciarei”. Temerosos, os homens devolveram as pérolas. De posse das jóias, o proprietário levou-as para casa.
Ele tinha dois filhos que brincavam com as pérolas, colocando-as sobre o corpo, e perguntavam
um ao outro: “De onde vêm essas pérolas?”. Um deles disse: “Elas vieram do saco que tenho na mão”.
O outro disse: “Elas vieram de um jarro que está nesta sala”. Vendo aquilo, o pai começou a rir.
Sua esposa lhe perguntou a razão, e ele respondeu: “Recolhi essas pérolas mediante um sofrimento extremo; essas crianças as receberam de mim, não sabem nada dessa história e pensam que as pérolas vieram de um jarro”.
O Buda disse a Ananda: “Você me vê somente após ter-me tornado Buda, mas ignora com que esforço e pena me dediquei ao estudo por incontáveis kalpas. Agora cheguei ao objetivo e você pensa que foi fácil, tal como aquelas crianças que pensavam que as pérolas vinham do jarro”.
Assim, podemos atingir o objetivo praticando inúmeras boas ações e acumulando mérito
durante muitos kalpas, mas não se trata do resultado, nem de um só ato, de uma única ação ou de uma só vida.


As Mais Belas Histórias Budistas - 
Parábola do bom médicoCapítulo Juryo do Sutra de Lótus

Em determinada época vivia um médico, excelente no preparo de receitas de remédios. Ele tinha cerca de 100 filhos. Enquanto esteve fora de casa, numa viagem a um distante país, todos os seus filhos beberam veneno por engano, debatendo-se de dor e caindo ao chão à medida que o veneno penetrava em seus corpos.
Ao retornar para casa, o médico encontrou seus amados filhos em agonia por toda a casa e ficou muito chocado e triste. Alguns dos que tomaram o veneno perderam completamente a razão, enquanto outros, ainda, estavam conscientes.
Todas aquelas crianças, ao verem seu pai, ficaram contentes e correram ao seu encontro, lhe implorando: "Pai! Estamos muito felizes de encontrá-lo em boa saúde. Nós tomamos veneno por engano, por causa de nossa ignorância. Por favor, nos salve e nos dê forças."
Imediatamente, o médico juntou muitas ervas medicinais de bom sabor, bom cheiro e linda cor receitando-as de várias maneiras como um maravilhoso remédio a suas crianças enfermas. Aqueles que ainda não haviam perdido a razão tomaram imediatamente o remédio e escaparam das dores agudas e sofrimentos. Os que não mais faziam uso da razão não tomaram o remédio apesar das recomendações do bom médico.
O pai ficou muito triste e decidiu usar um último recurso para convencer seus filhos a se curarem. Ele disse: "Eu vou morrer de velhice. Antes de começar a minha jornada, deixarei este remédio bom com vocês. Se vocês tiverem problemas, tomem-no." E saiu de casa dirigindo-se a outro país. Lá chegando, enviou um mensageiro à sua casa, que disse a seus filhos: "Infelizmente seu pai faleceu."
"Agora ninguém cuidará de nós com misericórdia e bondade", exclamaram os filhos diante da notícia, finalmente decidindo tomar o remédio. Logo se recuperaram completamente e o pai ciente de que isso aconteceria retornou para casa encontrando seus filhos felizes.
Nesta famosa parábola, o remédio maravilhoso com bom sabor, linda cor e bom cheiro simboliza a oração Nam myoho rengue Kyo ensinada pelo bom médico, que é o Buda, e o veneno indica as religiões desencaminhadoras (que deixam as pessoas iludidas e desorientadas).

(extraída da Revista TC de abril/76)

"O caminho do meio"



Durante seis anos, Siddhartha e os seus seguidores viveram em silêncio e nunca sairam da floresta.

Para beber, tinham a chuva, como comida, comiam um grão de arroz ou um caldo de musgo,ou as fezes de um pássaro que passasse. Estavam tentando dominar o sofrimento tornando as suas mentes tão fortes que se esquecessem dos seus corpos.

Então... um dia, Siddhartha escutou um velho músico, num barco que passava, falando para o seu aluno...
"Se apertares esta corda demais, ela arrebenta;
e se a deixares solta demais, ela não toca."
De repente, Siddhartha percebeu de que estas palavras simples continham uma grande verdade, e que durante todos estes anos ele tinha seguido o caminho errado.

Se apertares esta corda demais, ela arrebenta; e se a deixares solta demais, ela não toca.

Uma aldeã ofereceu a Siddhartha a sua taça de arroz.

E pela primeira vez em anos, ele provou uma alimentação apropriada.

Mas quando os ascetas viram o seu mestre banhar-se e comer como uma pessoa comum, sentiram-se traídos, como se Siddhartha tivesse desistido da grande procura pela iluminação.

(Siddhartha os chamou)

- Venham...
- e comam comigo.

Os ascetas responderam:
- Traíste os teus votos, Siddhartha. Desistiu da procura. Não podemos continuar a te seguir. Não podemos continuar a aprender contigo.
e foram se retirando, Siddharta disse:
- Aprender é mudar.

- O caminho para a iluminação está no Caminho do Meio.

- É a linha entre todos os extremos opostos.

O Caminho do Meio foi a grande verdade que Siddhartha descobriu, o caminho que ensinaria ao mundo.
 

Desenho de Sandro Ribeiro
Texto retirado do filme "O Pequeno Buda"

GRATIDÃO




No mês de agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido  empresário  judeu, viajou para Israel a negócios.
Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário  aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das  ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.
O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê  percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente  desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo.
Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de  pedidos,  esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele  aceitaria entrar na fila na sua frente.
Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e  saiu em direção à sua próxima reunião.
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador.
Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele  acabara  de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de  detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s.
Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado.
Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na  fila.
Certamente ele ainda estava na pizzaria. Aquele sujeito salvara a sua vida  e  agora poderia estar morto.
Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele  homem  necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para  aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos,  outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras  noventa pessoas ficaram ferida, algumas em condições críticas.
As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas  gritavam  e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de  alguma forma.
Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram  socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de  sangue implorava por ajuda.
Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu  encontrá-lo.
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o  israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e,  acima  de tudo, agradecer-lhe por sua vida.
O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o  aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido  levados os feridos no atentado.
Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele  estava  ferido, mas não corria risco de vida.
Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu  pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse  preciso  por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua
vida.
Depois de alguns momento, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão  com  ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não  deveria hesitar em comunicá-lo.
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova  Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de  emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela  delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.
Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro  de poucos dias.
Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo  em  Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de  gratidão.
 Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de  salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ..."
Mas não  Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o  atentado. E ele sabia como retribuir um favor.
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu  amigo  e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da  manhã,  naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no  101º andar do World Trade Center Twin Towers.

(Relatado em palestra do Rabino Issocher Frand)

PLANTANDO SEMENTES PELA VIDA...




Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica.
Todos os dias ele pegava o ônibus e viajava cinqüenta minutos até o trabalho.
À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.
No ponto seguinte ao que homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela.
Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.
Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa.
Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:
- Boa tarde, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora esta jogando pela janela?
- Boa tarde, respondeu a velhinha.
- Jogo sementes.
- Sementes? Sementes de que?
- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia.
E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho...
Imagine como seria bom.
- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos... A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?
- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água...
- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar
da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer .
Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu "trabalho".
O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio "caduca".
O tempo passou...
Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias... A paisagem estava colorida, linda.
O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.
- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.
O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. "Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou. "Mas de que adiantou o trabalho da velhinha?
A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda".
Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança.
No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado:
- Olha, mãe, que lindo, quanta flor pela estrada... Como se chamam aquelas azuis?
Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas.
No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso...

O PODER DA PERSEVERANÇA


 

"A perseverança é o combustível dos vencedores."

Nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona (Espanha), estava para ser dada a largada da Semifinal da Prova de 400 Metros Rasos Masculina. A disputa prometia ser acirrada!

Entre os corredores estava um jovem inglês de nome Derek Redmond. Seu sonho era, provavelmente, o mesmo dos demais competidores que se alinhavam na linha de partida: ser campeão.

Dada a largada, os competidores disputavam passada-a-passada a vaga para as finais. Derek vinha com boas chances de classificação; seriam segundos decisivos na vida de quem treinou muito, se preparou, passou dor e cansaço, mas estava ali para fazer valer o esforço de uma vida de dedicação.

Porém, a vontade de Derek era "extra", pois depois das Olimpíadas de Seul, quatro anos antes, o atleta havia passado por cinco operações em ambos os tendões de Aquiles, se recuperar em tempo de estar ali correndo, como os outros, atrás de um sonho.

Porém, pouco depois da largada, seu tendão direito se rompeu. Derek foi ao chão, sentindo muita dor. Era o fim da corrida para ele. O sonho tinha escapado por entre seus dedos e agora restava somente a forte dor.

As câmeras não focalizaram Derek caído, mas sim o campeão Steve Lewis, que completou a prova em 44s50.

Determinado a concluir a prova, ele se levanta com muita dificuldade e, saltando sobre um dos pés, retoma a corrida, obviamente sem a menor chance de classificação. Foi quando seu pai, Jim Redmond, de 49 anos de idade, desceu a arquibancada, escalou a divisória e saltou para a pista antes que qualquer fiscal o pudesse impedir, alcançando seu filho.

A multidão - em pé - começou a aplaudir ao perceber que Derek estava participando da corrida da sua vida. O jovem corredor apoiou sua cabeça no ombro direito do pai, e juntos eles percorreram o que restava da pista até a linha de chegada, sob os aplausos de incentivo da multidão de espectadores.

Quer você queira, quer não, as dificuldades e tropeços da vida sempre existirão. Por mais preparado que você acredite estar, em algum momento da vida você vai se encontrar num beco sem saída, e o pior é que você pode ter se preparado muito para a "corrida da sua vida" e, de um instante para outro, ver suas chances reduzidas a zero.

Quantos desistem frente aos fracassos...

Quantos se ressentem, amarguram e desistem quando encontram dificuldades...

Talvez seja próprio do ser humano esquecer o quê o motiva a continuar em frente. Presencio, com tristeza, a grande massa de pessoas que não tem a menor idéia do que estão fazendo de suas próprias vidas...

Todos temos dificuldades e tropeços, mas poucos têm a capacidade de se resignar e seguir em frente, esquecendo os tropeços momentâneos.

Problemas, quem não os tem?

A diferença fundamental entre quem vence e quem perde está em como encarar seus fracassos. E mais, como aproveitar as lições que a derrota momentânea traz.

Mais importante que ganhar é completar a corrida!

Da próxima vez que você cair, lembre-se de Derek, e continue sua corrida, mesmo que não tenha mais chance de chegar em primeiro lugar.

E jamais esqueça que a vida não é composta de uma única
corrida, mas sim várias; perder uma não dá à você o direito de desistir.

Segundo Gandhi"O medo tem alguma utilidade, mas a covardia, não".


* Fábio Violin 

Vidro ou Diamante


Um homem esperava para atravessar uma avenida quando um brilho na grama em que pisava chamou sua atenção.

Deu uma olhada sem se abaixar e pensou... "Deve ser um caco de vidro e foi embora".

Mais tarde outro homem na mesma situação percebeu o brilho, abaixou-se, pegou a pedra meio suja e viu que era talhada como um lindo diamante.

Parecia mesmo um diamante enviando raios luminosos com as cores do arco-íris quando colocado ao sol.

O homem pensou "Puxa, será um diamante"? Desse tamanho? Perdido aqui? Como veio parar aqui? Talvez eu devesse levar a um joalheiro pra ver ser é mesmo.

Olhava e olhava e de repente disse a si mesmo... "Que idiota eu sou, imagina se isso é um diamante, só pode ser um vidro talhado em forma de diamante que caiu de algum anel de bijuteria".

Porque um cara como eu iria achar um diamante? E se eu levar a um joalheiro ainda vou ter que agüentar a gozação do homem por eu ter achado que podia ser um diamante...

Ah, logo eu ia achar um diamante assim... Perdido numa grama... "Logo eu..."

E assim pensando jogou de novo a pedra na grama e atravessou a avenida até meio triste pela sua pouca sorte.

No dia seguinte outro homem passando pelo mesmo lugar viu a pedra, atraído pelo seu brilho.

"Que beleza de pedra" ele pensou!

"Parece um diamante, talvez até seja um diamante, mas também pode ser apenas um pedaço de vidro imitando um diamante... o melhor que tenho a fazer é levá-la a um joalheiro e pedir uma avaliação."

E colocou a pedra no bolso. Tendo levado-a para avaliação mais tarde descobriu ser um verdadeiro diamante, de muitos quilates e com uma lapidação especial.

Era uma pedra muito valiosa! Realmente especial e o homem ficou muito feliz com a sua boa sorte!

Na nossa vida às vezes encontramos pessoas que são como esse diamante... Valiosas!

Pena que nem sempre nos damos o tempo para avaliá-las confiando na nossa primeira, e muitas vezes errônea, impressão, ou simplesmente achando que nunca tivemos sorte, então, porque aquela pessoa apareceria justamente pra nós?

Pense nisso!

Dê-se uma chance!

A Ostra e a Pérola


 
"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."
Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia.
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola vai se formando.
Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.
O mesmo pode acontecer conosco. Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já sofreu o duro golpe do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola !
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento.
A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias", não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, vale mais do que mil palavras.

Nada pode deter um espírito determinado

Quando voltei do Exército, a minha esposa e eu fomos para a universidade para terminar os nossos estudos. Nessa época, passei a atuar também na comunidade e fui convidado a assumir a posição de conselheiro de um posto de exploração da organização de escoteiros mirins. Estava muito entusiasmado com essa nova oportunidade e, uma noite, reuni-me com os garotos. Pensava, então, nas grandes coisas que faríamos e nos objetivos que estabeleceríamos. Quando entrei na sala, porém, vi-me diante dos adolescentes mais “transados” que você possa imaginar.
A linguagem corporal deles falava bem alto, dizendo: "Você que se atreva a me ensinar alguma coisa!"
Pensei comigo mesmo enquanto entrava: "Minha nossa, preciso estar pronto para o que der e vier". E estava certo. Eu me apresentei:
- Olá, sou o seu novo conselheiro de exploração.
Pensei que ficariam entusiasmados, mas não ficaram. Então eu disse:
- Falarei um pouco sobre mim. Sou Hyrum Smith. Fui criado no Havaí, que é um lugar incrível. - Falei algumas coisas sobre o Havaí e depois perguntei: - Vocês gostariam de ir ao Havaí no ano que vem? Ganharemos o dinheiro juntos e mostrarei a vocês o que fazer. Montaremos um projeto juntos e depois passaremos duas semanas no Havaí. - E depois descrevi o quadro para eles: - Nadaremos no mar, visitaremos o Centro Cultural da Polinésia e visitaremos Pearl Harbor.
O silêncio era total. Nenhuma reação. Finalmente, tive de perguntar:
- Isso interessa a vocês? Gostariam de viajar para o Havaí?
Finalmente, um deles se mexeu. Atirou-se para a frente em sua cadeira e disse:
- Claro! E no ano seguinte iremos para a lua.
E todos eles riram. Não foi uma boa experiência. Fui falar com o ex-instrutor deles:
- Não acredito numa coisa dessas. Ofereci uma viagem ao Havaí para esses garotos. A classe toda caiu na risada.
Ele se dobrou no chão em gargalhadas. Achou a coisa mais engraçada que já ouvira. E disse:
- Hyrum, há uma coisa que você precisa entender. Nos últimos seis meses esses garotos tiveram cinco conselheiros de exploração. Cada um entrava oferecendo uma grande viagem. Nada tão ambicioso como o Havaí, não se preocupe, mas nenhuma dessas viagens se realizou. Quando você entrou lá e lhes ofereceu o Havaí, eles não acreditaram.
Pensei naquilo durante uma semana. Quando chegou o momento da segunda reunião, entrei pela porta e, quando os olhei, parecia que não tinham saído do lugar desde a semana anterior. Coloquei-me em frente deles e disse:
- Escutem aqui, garotos, na semana passada eu lhes ofereci uma viagem para o Havaí. Vocês não ficaram muito entusiasmados com a perspectiva, mas vou lhes dizer uma coisa. No próximo verão, eu e minha esposa vamos para o Havaí. Quer vocês venham ou não conosco, não dou a mínima. Entenderam? Não dou a mínima. Se quiserem vir, a decisão será de vocês.
Bem, eles começaram a se mexer. Um deles disse:
- Você está falando serio.
Um outro disse:
- O que temos de fazer? Você precisa falar para nós exatamente o que precisamos fazer.
E eu disse:
- A primeira coisa que vocês farão é memorizar um poema.
Isso os deixou muito entusiasmados.
- Vocês terão de guardá-lo na memória - eu disse. - A passagem para vocês entrarem naquele avião será declamar este poema, sem nenhum erro, à comissária de bordo.
E então eu os fiz memorizar as seguintes frases do poema "Will" ("Vontade"), de Ella Wheeler Wilcox:
There is no chance, no destiny, no jate, that cara circumvent or hinder or control the firm resolve of a determined soul.
* Nenhum acaso, nenhum destino, nenhuma sina / pode enredar ou impedir ou controlar / a firme resolução de um espírito determinado (N. da T).

Bem, eles acharam aquilo ótimo. Não conseguiam entender metade das palavras. "Você quer que o decoremos? Nós o decoraremos." Durante os 11 meses seguintes, todas as quartas à noite, eles tinham de se levantar e repetir aquelas mesmas frases. Durante aquele período, iniciamos o que se tornaria 29 grandes projetos para angariar fundos. Em cerca de 60 dias, descobrimos que não havia apenas 5 exploradores `transados', mas 17. Os outros garotos tinham acabado de sair da carpintaria.
- Presumo que vocês também vão para o Havaí.
- O que preciso fazer para ir?
- Precisa aprender um poema.
- Um poema? Você deve estar brincando!
Dezessete exploradores. Transformamos aqueles garotos nos melhores vendedores que a cidade já conheceu. Vendemos abotoaduras, guirlandas de Natal, extintores de incêndio, doces, uma vaca. Vendemos até o barco
de um sujeito - e lhe contamos sobre a venda no dia seguinte.
Na metade do período, estávamos um pouco aquém das projeções financeiras. Perto da universidade havia um velho e enferrujado trator de terraplanagem D-9 da Caterpillar, e fomos contatar o dono. A máquina estava lá havia já 12 anos.
- Gostaríamos de ficar com seu trator - dissemos a ele. - O que farão com ele?
- Vamos vendê-lo.
- Lógico que vão. Faz 12 anos que venho tentando vender essa coisa. Está quebrado. Ninguém compra.
- Se você nos der o trator, nós venderemos.
- Acredite, Hyrum, ninguém comprará.
Ensinei o poema a ele. Ele nos deu o trator. Contatamos então um outro sujeito que trabalhava no ramo de solda. - Sabemos que o senhor pode cortar aço. - Posso. O que vocês têm aí?
- Temos aquela coisa enorme. Precisamos cortá-lo em pedaços pequenos.
- O que é aquilo? - ele perguntou. - Um trator de terraplanagem.
- Ninguém corta uma máquina dessas.
Ensinamos o poema para ele. Ele trouxe o seu equipamento de corte. Levou quatro semanas, mas conseguiu reduzi-lo a pedaços bem pequenos.
Os garotos colocaram todos os pedaços dentro de um caminhão-tanque emprestado. Nove viagens. Levamos tudo para uma siderúrgica, vendemos o material como sucata e conseguimos um lucro líquido de 800 dólares.
Os meninos começaram a acreditar nas palavras do poema. Durante aquele ano, pensei que seria ótimo se os garotos pudessem patrocinar um concerto realmente de classe. Então contatei Reid Nibley, um dos melhores pianistas do país (que por coincidência morava nas proximidades). Bati em sua porta e disse:
- Mr. Nibley, o senhor não sabe quem eu sou, mas eu sei quem é o senhor, e tenho 17 escoteiros mirins que nunca viram um concerto de piano de primeira classe. Gostaríamos de saber se o senhor estaria disposto a fazer um concerto beneficente para nós. Vamos para o Havaí no próximo verão.
Ele simplesmente riu e disse:
- Não faço concertos beneficentes para ninguém. Estou sob contrato. Não posso fazê-lo.
- Se quisesse, o senhor poderia - eu disse. Caminhamos bastante
tempo e ele começou a ficar intrigado com aqueles 17 garotos que iriam para o Havaí. Ensinei-lhe o poema.
Deve ter exercido um grande impacto sobre ele, pois disse:
- Vou lhe dizer uma coisa: se não contar para ninguém, darei o concerto para vocês.
- Só contarei para as pessoas que comprarem os ingressos. - Negócio fechado.
Ele ficou muito entusiasmado com aquilo. Dirigiu-se ao primeiro
violino da Utah Symphony, Perry Kalt, e disse:
- Escute, aqueles garotos vão para o Havaí. Que tal você vir comi
go e fazermos um concerto de primeira classe para piano e violino? Percy Kalf ficou animado, e concordou.
Saímos a campo, vendemos as entradas e levantamos 750 dólares com
aquele concerto.
Dois meses antes da viagem, coloquei mais uma exigência:
- Para entrar naquele avião, vocês precisam estar todos uniformizados. - Hyrum, usar uniforme não é legal.
- Para entrar naquele avião, vocês precisam estar todos uniformizados.
E os uniformes começaram a surgir.
Finalmente chegou o dia da viagem. Eles haviam ganhado mais de oito mil dólares. Não pediram um centavo para os pais. Falando sobre as zonas de conforto: fiquei um semestre atrasado na faculdade, mas foi ótimo. Chegamos no aeroporto, e a aparência deles era excelente. Uniformes novinhos em folha, paletós vermelhos de explorador. Uma das mães bordara os nomes em letras douradas. Quando o primeiro garoto entrou naquele avião da United Airlines, entregou o bilhete à comissária de bordo e disse:
- "Nenhum acaso, nenhum destino, nenhuma sina pode enredar ou impedir ou controlar a firme resolução de um espírito determinado." Não é um poema incrível?
- Sim, é incrível, garoto.
Por 17 vezes ela ouviu aquele poema. Minha esposa e eu éramos os últimos da fila. A comissária disse:
- Esperem! Deixe-me declamar um poema: "Nenhum acaso, nenhum destino, nenhuma sina..."
Ela o declamou inteiro. Eu disse:
- Não é um poema incrível?
E ela respondeu:
- Sim, e estamos atrasados meia hora. Vocês se importariam de partir?
Decolamos de San Francisco num 747. Aqueles garotos nunca tinham estado num avião. Afastamo-nos da costa e o capitão disse no altofalante:
- Senhoras e senhores, temos um garoto na cabine. Ele se recusa a sair se não puder lhes declamar um poema.
Passamos duas semanas maravilhosas no Havaí. Surfamos, visitamos Pearl Harbor. Quase afoguei dois deles; um eu não tentei salvar, mas de qualquer forma ele sobreviveu.
Para mim, a experiência mais excitante da viagem foi quando os nossos exploradores se encontraram com um grupo de oito exploradores do estado de Nevada. Estes eram do tipo `transado': não usavam uniforme e tinham as camisas abertas no peito. Acharam o meu grupo meio estranho. Mas finalmente um dos meus garotos fez a pergunta:
- Como vocês conseguiram ganhar esta viagem?
A resposta:
- O que quer dizer, com ganhar a viagem, cara? Nossos pais perguntaram se queríamos vir ao Havaí para se livrar da gente por uma semana, e então nós viemos. Nenhum golpe.
O que aconteceu depois foi impagável. Os meus 17 garotos cercaram os oito de Nevada e disseram:
- O que querem dizer? Não foram vocês que ganharam a viagem? Pois vamos contar como nós chegamos aqui.
E contaram tudo, tintim por tintim.
Isso foi em 1970, e não perdemos contato com os garotos ao longo dos anos. O que fizeram das suas vidas é incrível. Naquele ano, aprenderam algo sobre caráter e determinação, e a lição criou raízes e brotou, amadureceu e frutificou nas suas vidas.
Vinte anos mais tarde, levamos aqueles garotos - agora homens adultos - e as suas esposas de volta para o Havaí para uma reunião. Nem todos puderam ir, mas a maioria deles compareceu. Foi uma experiência emocionante quando, no jantar que fizemos em Honolulu, cada um deles se levantou e repetiu o poema mais uma vez. Naquela noite passamos quatro ou cinco horas juntos e eles nos contaram o que fizeram com a sua vida nos últimos vinte anos. Foram momentos muito gratificantes. Eles tinham aprendido uma idéia maravilhosa, simples, mas muito poderosa: quando você fizer o que for necessário, nada mais atravessará o caminho dos seus objetivos.
No meu entender, o que esta lei natural diz em resumo é que eu não posso dar a você a determinação de que você precisará para deixar a sua zona de conforto e efetivamente atingir seus objetivos. Eu não poderia dá-Ia aos meus 17 exploradores. A determinação precisa vir de dentro de você. Se você não for ou não se tornar uma pessoa determinada, não obterá controle sobre o seu tempo e a sua vida e não experimentará a paz interior de que falamos e que está disponível para todo aquele que aplicar estas leis naturais. Se, todavia, você estiver determinado a atingir a excelência, a chegar à paz interior através da identificação dos seus valores, do estabelecimento de objetivos e da disposição de se afastar das suas zonas de conforto e controlar os eventos que fazem o seu dia-a-dia, nada poderá detê-lo.
Do Livro Gerencie sua vida – autor Hyrum Smith

A Carpa



A carpa japonesa (koi) tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros -- mas pode atingir três vezes esse tamanho, se colocada num lago.

Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual e intelectual.

Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos. Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, em vez de nos adaptarmos a ele, devíamos buscar o oceano -- mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa. 

A pedra


O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já Davi matou Golias e Michelângelo extraiu-lhe a mais bela escultura...

E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que não possa ser aproveitada para o seu próprio crescimento.
                                                                              (Autor Anônimo)

Amor sem ilusão


Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades.

Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direção um velho sábio.

E porque se demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse.

Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse:
- Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor.

Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente.

Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos.
Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito.

Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro.

Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas?

Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor.

Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada:
- Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos.

Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos.

Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida.

Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura.

Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.

Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou com serenidade:
- Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem?



O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente.

É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor.


A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal.



O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória.

O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para
prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal.

Pense nisso!

As flores, por mais belas que sejam, um dia murcham e morrem...
Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles que o souberam guardar em frascos adequados.

O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre.

Mas as virtudes do espírito que dele se liberta continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.

Aproveite o momento


Eu tenho uma amiga que vive baseada em uma filosofia de três
palavras: Aproveite o momento.

Exatamente por isso, ela me parece ser a mulher mais sábia
neste planeta.
Muitas pessoas adiam algo que lhes traz alegria só porque não pensaram sobre isto, ou não tem vaga em sua agenda, ou não sabem o que vem pela frente ou são muito rígidas para sair da rotina.

Outro dia eu estava pensando sobre todas aquelas mulheres no Titanic, que privaram-se da sobremesa no jantar naquela noite fatal num esforço para manter a silhueta. Parece meio besta mas pense bem. Daí em diante eu tentei ser um pouco mais flexível.

Quantas mulheres por aí comerão em casa porque quando seu marido convidou para jantar já tinha algo descongelado? Quantas vezes você tinha suas crianças prontas para brincar e conversar e você ficou em silêncio assistindo aquele programa na televisão?

Foram inúmeras as vezes em que eu liguei para minha irmã e disse,
- Que tal irmos almoçar daqui a meia hora?
Ela ofegava e gaguejava um:
- Eu não posso.
Sempre completado com um:
- Preciso lavar a cabeça.
- Você devia ter me avisado ontem.
- Eu tomei o café da manhã muito tarde.
- Parece que vai chover.
E o meu favorito: - Hoje é segunda-feira.

Ela morreu alguns anos atrás. E nós nunca almoçamos juntas.

Parece que nós programamos até o horário da dor de cabeça. Nós vivemos com uma lista de promessas que fazemos para nós mesmos para quando as condições forem perfeitas: Visitarei meus avós... quando conseguirmos reformar o banheiro; Faremos uma festa... quando substituirmos o tapete; Sairemos em uma segunda lua de mel... quando as crianças se formarem.

A vida tem um jeito mais acelerado quando vamos ficando mais velhos. Os dias ficam menores e a lista de promessas para nós mesmos vai ficando cada vez mais longa. Uma manhã a gente acorda e tudo o que temos para mostrar de nossas vidas é uma ladainha de "estou indo", "estou planejando" e "algum dia, quando as coisas estiverem ajeitadas".

Quando alguém convida minha amiga "aproveite o momento", ela está sempre aberta à aventuras e disponível para viagens. Ela mantém a mente aberta para novas idéias. Seu entusiasmo pela vida é contagioso.

Meus lábios não tocavam em um sorvete há 10 anos. E eu adoro sorvete. Noutro dia, eu parei o carro e comprei um cascão triplo. Se meu carro batesse em um iceberg a caminho casa, eu teria morrido feliz.

Agora, vá em frente e tenha um bom dia. Faça algo que você QUER fazer e não apenas algo que DEVIA ESTAR NA LISTA.