EXERCÍCIO DIÁRIO DA HUMILDADE



EXERCÍCIO DIÁRIO DA HUMILDADE


No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de um famoso palácio real, um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pêlo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:

- Triste sina a que recebeste! Não invejas minha posição em corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!

- Pudera! – exclamou um potro de fina origem inglesa:

- como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça? O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente. Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:
- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos do bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia. Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:


- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil, não sabe viver senão sob pesadas disciplinas. Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio. Aceito os deveres que me competem até o justo limite, mas, se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.

As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.

- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade, informou o monarca, um animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança. O empregado perguntou:

- Não prefere o árabe, Majestade?

- Não, não – falou o soberano, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.

- Não quer o potro inglês? - De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.

- Não deseja o húngaro?

- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.

- O jumento espanhol serviria? – insistiu o servidor atencioso. - De maneira nenhuma. É manhoso e não merece confiança. Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:

- Onde está meu burro de carga? O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais. O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho ainda criança, para longa viajem. E ficou tranqüilo, sabendo que poderia colocar toda a sua confiança naquele animal…

Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a servir, sem pensar em si mesmos….

e nós será que já aprendemos servir?

Pense nisto….

Texto sem a informação de autor.

A LENDA DA CARIDADE


Diz interessante lenda do Plano Espiritual que, a princípio, no mundo se espalham milhares de grupos humanos, nas extensas povoações da Terra.
O Senhor endereçava incessantes mensagens de paz e bondade às criaturas, entretanto, a maioria de desgarrou no egoísmo e no orgulho.
A crueldade agravava-se, o ódio explodia...
Diligenciando solução ao problema, o Celeste Amigo chamou o Anjo Justiça que entrou, em campo e, de imediato, inventou o sofrimento.
Os culpados passaram a resgatar, os próprios delitos, a preço de enormes padecimentos.
O Senhor aprovou os métodos da Justiça que reconheceu indispensáveis ao equilíbrio da Lei, no entanto, desejava encontrar um caminho menos espinhoso para a transformação dos espíritos sediados na Terra, já que a dor deixava comumente um rescaldo de angústia a gerar novos e pesados conflitos.
O Divino Companheiro solicitou concurso ao Anjo Verdade que estabeleceu, para logo, os princípios da advertência.
Tribunas foram erguidas, por toda parte, e os estudiosos do relacionamento humano começaram a pregar sobre os efeitos doma ledo bem, compelindo os ouvintes à aceitação da realidade.
Ainda assim, conquanto a excelência das lições propagadas repontavam dúvidas em torno dos ensinamentos de virtude, suscitando atrasos altamente prejudiciais aos mecanismos da elevação espiritual.
O Senhor apoiou a execução dos planos ideados pelo Anjo da Verdade, observando que as multidões terrestres não deveriam viver ignorando o próprio destino.
No entanto, a compadecer-se dos homens que necessitavam reforma íntima sem saberem disso, solicitou cooperação do Anjo do Amor, à busca de algum recurso que facilitasse a jornada dos seus tutelados para os Cimos da Vida.
O novo emissário criou a caridade e iniciou-se profunda transubstanciação de valores.
Nem todas as criaturas lhe admitiam o convite e permaneciam, na retaguarda, matriculados ns tarefas da Justiça e da Verdade, das quais hauriam a mudança benemérita, em mais longo prazo, mas todas aquelas criaturas que lhe atenderam as petições, passaram a ver e auxiliar doentes p obsessos, paralíticos e mutilados, cegos e infelizes, os largados à rua e os sem ninguém.
O contato recíproco gerou precioso câmbio espiritual.
Quantos conduziam alimento e agasalho, carinho e remédio para os companheiros infortunados recebiam deles, em troca, os dons da paciência e da compreensão, da tolerância e da humildade e, sem maiores obstáculos, descobriram a estrada para a convivência com os Céus.
O Senhor louvou a caridade, nela reconhecendo o mais importante processo de orientação e sublimação, a benefício de quantos usufruem a escola da Terra.
Desde então, funcionam, no mundo, o sofrimento, podando as arestas dos companheiros revoltados: a doutrinação informando aos espíritos indecisos quanto às melhores sendas de ascensão às Bênçãos Divinas; e a caridade iluminando a quantos consagram ao amor pelos semelhantes, redimindo sentimentos e elevando almas, porque, acima de todas as forças que renovam os rumos da criatura, nos caminhos, humanos, a caridade é a mais vigorosa, perante Deus, porque é a única que atravessa as barreiras da inteligência e alcança os domínios do coração.

POR: MEIMEI E CHICO XAVIER – Momento Espírita

Encontrar com Deus

“Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus.
Um dia encheu sua mochila com pastéis e suco e saiu para brincar no parque.
Quando ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça olhando os pássaros.
O menino sentou-se junto a ele, abriu sua mochila e ia tomar um gole do suco, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então lhe ofereceu um pastel.
O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.
Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo; então ele ofereceu-lhe seu suco.
Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O menino estava tão feliz! Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastéis e bebendo suco pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.
Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa mas, antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho.
Aí, o velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.
Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa ao ver a felicidade estampada em sua face:
- O que você fez hoje que te deixou tão feliz assim?
Ele respondeu:
– Passei a tarde com Deus. Você sabia, que Ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi?
Enquanto isso, o velhinho chegou em casa com o mais radiante sorriso na face e seu filho perguntou:
– Por onde você esteve que está tão feliz?
E o velhinho respondeu: – Comi pastéis e tomei suco no parque, com Deus. Você sabe que Ele é bem mais jovem do que eu pensava?
A face de Deus está em todas as pessoas e coisas que são vistas com os olhos do amor e do coração!
Que Deus abençoe você que está lendo esta mensagem e ilumine o seu coração para que você possa oferecer a muitas pessoas o sorriso de Deus, que está guardado dentro de você!
Hoje quero oferecer a você o meu sorriso!"
Vamos a todo instante procurar ver Deus nas pessoas e deixar que elas encontrem Deus em nós!

Uma pequena reflexão...

Uma pequena reflexão...

Um garoto segurava em suas mãos duas maçãs. Seu pai se aproximou e lhe pediu com um belo sorriso: "filho, você poderia dar uma de suas maçãs para o papai?" O menino levanta os olhos para seu pai durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra. O pai sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. Ele tenta não mostrar sua decepção quando seu filho lhe dá uma de suas maçãs mordidas. O pequeno olha para seu pai com um sorriso de anjo e diz: "É essa a mais doce, papai."

Retarde sempre o seu julgamento sobre as pessoas. Dê aos outros o privilégio de poder se explicar...
...Mesmo que a ação pareça errada, o motivo pode ser bom!

JORGE - UM RELATO EMOCIONANTE

https://www.facebook.com/notes/nuno-emanuel/-jorge-tonho-ti-chico-conta-para-eles-que-voc%C3%AA-%C3%A9-o-kardec-reencarnado-chico-xavi/1349901071691095

 A fantástica história de Jorge, o humilde cidadão que quando desencarnou foi recebido no plano espiritual por Jesus de Nazaré.


Ao longo dos anos em que ia a Uberaba, conheci muita gente. Gente boa, gente meio boa e gente menos boa. Algumas, o tempo vai apagando lentamente, mas jamais terá força suficiente para apagar de minhas lembranças a figura encantadora que vocês vão passar a conhecer.

 Numa daquelas madrugadas, quando as reuniões do Grupo Espírita da Prece se estendiam até ao amanhecer, vi-o pela primeira vez. Naquela filas quase intermináveis que se formavam para a despedida ou para uma última palavrinha ainda que rápida com Chico, ele chamou-me a atenção pela alegria com que esperava a sua vez.

 Vinha com passos cansados, o andar trôpego, a fisionomia abatida, mas seus olhos brilhavam à medida que se aproximava do médium. Não raro, seu contentamento se traduzia em lágrimas serenas mas copiosas.
 Trajes pobres, descalço, pés rachados, indicando que raramente teriam conhecido um par de sapatos. Calça azul, camisa verde, com muitos remendos; um paletó de casimira apertava-lhe o corpo franzino.

 Pele escura, cabelos enrolados nos lábios uma ferida. Chamava-se Jorge.
 Creio que deve ter tomado poucos banhos durante toda a vida. Quando se aproximava, seu corpo magro, sofrido e mal alimentado exalava um odor desagradável.
 Em sua boca, alguns raros tocos de dentes, totalmente apodrecidos. Quando falava, seu hálito era quase insuportável. Ainda que alguém não quisesse, tinha um movimento instintivo de recuo. Quando se aproximava, tínhamos pressa em dar-lhe algum trocado para que ele fosse comprar pipoca, doce ou um refrigerante, a fim de que saísse logo de perto da gente.
 
Jorge morava com o irmão e a cunhada num bairro muito pobre - uma favela, quase um cortiço.
 Seu quarto era um pequeno cômodo anexado ao barraco do irmão. Algumas telhas, pedaços de tábuas, de plásticos, folhas de lata emolduravam o seu pequeno espaço.
 O irmão e a cunhada eram bóias-frias. Jorge ficava com as crianças. Fazia-lhes mingau, trocava-lhes os panos, assistia-os. Alma assim caridosa, acredito que sofresse maus tratos. Muitas vezes o vi com marcas no rosto, e, ainda hoje, fico pensando se aquela ferida permanente em seu lábio inferior não seria resultante de constantes pancadas.
 Pois o Chico conversava com ele, cinco, dez, vinte minutos. Nas primeiras vezes, pensava: "Meu Deus! Como é que o Chico pode perder tanto tempo com ele, quando tantas pessoas viajaram milhares de quilômetros e mal pegaram sua mão?! Por que será que ele não diminui o tempo do Jorge, para dar mais atenção aos outros?"
 Somente mais tarde fui entender que a única pessoa capaz de parar para ouvir o Jorge era ele.
 
Em casa, o infeliz não tinha com quem conversar; na rua, ninguém lhe dava atenção.
 Quase todas as vezes em que lá estive, lá estava ele também.
 Assim, por alguns anos, habituei-me a ver aquele estranho personagem que aos poucos me foi cativando.
 Hoje  passados tantos anos, ao escrever estas linhas, ainda choro. "A gente corre o risco de chorar um pouco, quando se deixou cativar, não é mesmo?
 Nunca ouvimos de sua boca qualquer palavra de queixa ou revolta.

 Seu diálogo com o paciente médium era comovente e enternecedor.
 - Jorge, como vai a vida?
 - Ah, Tio Chico! Eu acho a vida uma beleza!
 - E a viagem, foi boa?
 - Muito boa, Tio Chico! Eu vim olhando as flores que Deus plantou no caminho para nos alegrar.
 - Do que você mais gosta de olhar, Jorge?
 - O azul do céu, Tio Chico. Às vezes penso que o Sinhô Jesus tá me espiando por detrás de uma nuvem.
 - Depois, o visitante falava da briga dos gatos, da goteira que molhou a cama, do passarinho que estava fazendo ninho no seu telhado.
 Quando pensava que tudo havia terminado, o dono da casa ainda dizia:
 - Agora, o nosso Jorge vai declamar alguns versos.
 Eu chegava até me virar na cadeira, perguntando a mim mesmo: "Onde é que o Chico arruma tanta paciência?"
 Jorge declamava um, dois, quatro versos.
 - Bem Jorge, agora para a nossa despedida, declame o verso que mais gosto.
 - Qual, tio Chico?
 - Aquele da moça.
 - Ah, Tio Chico! Já me lembrei. Já me lembrei.
 Naquelas horas, o centro continuava lotado. As pessoas se acotovelavam, formando um grande círculo em torno da mesa.

 Jorge colocava, então, o colarinho da camisa para fora, abotoava o único botão de seu surrado paletó, colocava as mãos para trás, à semelhança de uma criança quando vai declamar na escola ou perante uma autoridade, olhava para ver se o estavam observando e sapecava, inflado de orgulho:
 "Menina, penteia o cabelo.
 Joga as tranças para a cacunda.
 Queira Deus que não te leve
 de domingo pra segunda!"

 Quando terminava, o riso era geral. Ele também sorria. Um sorriso solto e alegre, mas ainda assim doído, pois a parte inferior de seus grossos lábios se dilatava, fazendo sangrar a ferida.
 Aí, ele se aproximava do médium, que lhe dava uma pequena ajuda em dinheiro. Em todos aqueles anos, nunca consegui ver quanto era. Depois, colocava o dinheiro dentro de uma capanga, onde já havia guardado as pipocas, os doces, dando um nó na alça do pano.
 Para se despedir, ele não se abraçava ao Chico: ele se jogava, sim, todo por inteiro em cima do Chico! Falava quase dentro do nariz do Chico e eu nunca o vi ter aquele recuo instintivo como eu tivera tantas vezes.

 Beijava-lhe a mão, o qual também beijava a mão e a face dele, ao que ele retribuía, beijando os dois lados da face do Chico, onde ficavam manchas de sangue deixadas pela ferida aberta em seus lábios. Nunca vi o Chico se limpar na presença dele nem depois que ele se tivesse ido. Eu, que muitas vezes, ao chegar à casa dele, molhava um pano e limpava o que passamos a chamar carinhosamente de "o beijo do Jorge..."
 Não saberia dizer quantas vezes pensei em levar um presente àquele pobre irmão - uma camisa...um par de sapatos...uma blusa. Infelizmente, fui adiando e o tempo passando. Acabei por não lhe levar nada.

 Lembro-me disto com tristeza e as palavras do Apóstolo Paulo se fazem mais fortes nos recessos de minha alma: "Façamos o bem, enquanto temos tempo."
 Enquanto temos tempo. De repente, fica tarde demais. Jorge desencarnou. Desencarnou numa madrugada fria. Completamente só em seu quarto. Esquecido do mundo, esquecido de todos, mas não de Deus.

 Contou-me o Chico que foi este nosso irmão de pele escura, cabelos enrolados, ferida nos lábios, pés rachados, mau cheiro e mau hálito que ao desencarnar, Jesus Cristo veio pessoalmente buscar. Entrou naquela quarto de terra batida, retirou Jorge do corpo magro e sofrido, envolto em trapos imundos, aconchegou-o de encontro ao peito e voou com ele para o espaço, como se carregasse o mais querido dos seus irmãos!
 "Eis que estarei convosco até o fim dos séculos."
 "Não vos deixarei órfãos."
 Ele não faria uma promessa que não pudesse cumprir. 


OS BONS OLHOS

OS BONS OLHOS.

Um homem morava no deserto e tinha quatro filhos ainda adolescentes.

Querendo que seus filhos aprendessem a valiosa lição da não precipitação nos julgamentos, os enviou para uma terra onde havia muitas árvores. Mas ele os enviou em diferentes épocas do ano.

O primeiro filho foi no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o mais novo foi no outono.

Quando o último deles voltou, o pai os reuniu e pediu que relatassem o que tinham visto.

O primeiro filho disse que as árvores eram feias, meio curvadas, sem nenhum atrativo.

O segundo filho discordou e disse que na verdade as árvores eram muito verdes e cheias de brotinhos, parecendo ter um bom futuro.

O terceiro filho disse que eles estavam errados, porque elas estavam repletas de flores, com um aroma incrível e uma aparência maravilhosa.

Já o mais novo discordou de todos e disse que as árvores estavam tão cheias de frutos que até se curvavam com o peso, passando a imagem de algo cheio de vida e substância.

Aquele pai então explicou aos seus filhos adolescentes que todos eles estavam certos.
Na verdade eles viram as mesmas árvores em diferentes estações daquele mesmo ano.

Ele disse que não se pode julgar uma árvore ou pessoas por apenas uma estação ou uma fase de sua vida.

Ele explicou que a essência do que elas são, a alegria, o prazer, o amor, mas também as fases aparentemente ruins que vêm daquela vida só podem ser medidas no final da jornada quando todas as estações forem concluídas.

Se você desistir quando chegar o “inverno”, você vai perder as promessas da primavera, a beleza do verão e a plenitude do outono.

Não permita que dor de apenas uma “estação” destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida por apenas uma fase.

Persevere através dos caminhos dificultosos, e épocas melhores virão com certeza!

Viva de forma simples, ame generosamente, importe-se profundamente, fale educadamente…
E deixe o restante com Deus!

A felicidade mantém você doce.
Dores mantêm você humano.
Quedas te mantêm humilde.
Sucesso te mantém brilhando.
Provações te mantêm forte.
Mas, somente Deus te mantém prosseguindo!

O Trabalhador mais importante do Centro Espírita


O Trabalhador mais importante do Centro Espírita


Abaixo um relato interessante que encontrei em minhas andanças pela net:

“Em uma cidade de minha região, anos atrás, os mentores espirituais que coordenam todas as tarefas daquele centro espírita, emitiram um grave alerta”:

“Faz-se necessário que a Direção da Instituição tome medidas urgentes, pois o trabalhador mais importante desta casa, em breve, precisará ausentar-se por uma semana, para resolver problemas particulares”.

“Alertamos que, se nada for feito, teremos graves prejuízos na realização de nossas tarefas.” – Foi a mensagem dada pelos zelosos administradores espirituais.

O que se viu, a partir de então, foi uma das coisas mais curiosas que se poderia imaginar…

Em vez de se ocuparem imediatamente com a resolução do problema, a imensa maioria dos trabalhadores ficou pensando:
Será que sou Eu o trabalhador mais importante desse Centro Espírita?

Rapidamente, uma nuvem escura de vaidade e orgulho empestou todo o ambiente espiritual. Alguns já cuidaram de enumerar, mentalmente, as atribuições na casa, enquanto outros se emocionavam com as lembranças dos anos vividos ali.

Outros, ainda, se davam conta que talvez precisassem mesmo fazer aquela viagem à tia do primo de segundo grau do irmão de seu cunhado…

A notícia logo correu todos os departamentos da casa e um burburinho paralisante tomou todos os cantos da Instituição.

A diretoria da Casa, por sua vez, confessava-se impotente diante da situação. Afinal, quem seria o trabalhador mais importante dali?

A bem da verdade, a vaidade também tomou conta de suas mentes, mas buscando manter um ar de mal comedida modéstia, diziam não saber quem seria o tal trabalhador… enquanto, no íntimo, sonhavam com a aclamação dos demais trabalhadores a enaltecerem os seus valores…

Aquele Centro Espírita fazia atendimentos 3 vezes por semana, notadamente tratando pacientes portadores de casos de obsessão espiritual, além de outros casos de saúde e de orientações as mais diversas.

Cerca de 200 fichas eram distribuídas a cada noite, proporcionando atendimentos individuais e a familiares, além de outro tanto de espíritos que, encaminhados às salas mediúnicas, eram esclarecidos e amparados.

O trabalho, a cada noite, era imenso nos dois planos da vida.

Duas semanas se passaram e nada foi feito. Afinal, comentavam-se, os amigos espirituais foram imprecisos em suas afirmações.

Especulava-se que o problema teria sido do médium que recebeu a comunicação, enquanto outros afirmavam que o trabalhador mais importante da casa só não havia se tornado conhecido a todos porque a inveja dos demais não deixava que ele fosse apontado, queixavam-se, legislando em causa própria…

Ao final do período, pareceu que nenhum trabalhador da casa havia faltado. Ao contrário, muitos que há tempos não compareciam ás suas tarefas, apressaram-se em reassumi-las. O fato é que poucas foram as vezes que aquela Casa contou com tantos trabalhadores de uma só vez.

Para não dizer que ninguém havia faltado, o Seu Luiz, velho amigo nosso, nos confidenciara que mantivesse ele informado sobre o desfecho da situação. Ele precisaria ficar uns dias fora, mas já havia avisado à diretoria da casa, com semanas de antecedência.

Seu Luiz é um bem humorado negro, de cerca de 70 anos de idade, dono de um fiteiro onde vende bombons e pipoca, em um bairro pobre da periferia.

Tendo um lado inteiro do corpo paralisado e não alfabetizado, há muitos anos passou a entregar as fichas de atendimento às pessoas que chegavam para o tratamento, já que essa função era rejeitada por todos. Também, o motivo era simples: O entregador de fichas tinha que chegar cerca de duas horas antes de todo mundo, para organizar as filas e receber as garrafas de água fluidificada, ficando até o final de todos os trabalhos para recolher as mesmas fichas e guardá-las na secretaria, para que no dia seguinte, tudo se repetisse.

Para Seu Luiz, aquela função era perfeita. Ele queria ajudar a Casa, mas não tinha outra maneira. E ele amava fazer aquilo. Conversava com todos, simpático, fazendo amizades com hordas de desconhecidos noite após noite. Foi assim, inclusive, que nos tornamos amigos.

Aconteceu na Sexta-feira! Era dia de desobessão espiritual.

Já, no portal, algumas pessoas discutiam alto e falavam palavras de baixo calão, disputando o direito de serem atendidas primeiro, sendo fortemente influenciadas por suas companhias espirituais.

Mais adiante, uma multidão se aglomerava em frente á sala de passe enquanto outros reclamavam da demora no atendimento. Outros não sabiam para onde se dirigir, nem o que fazer, já que estavam ali pela primeira vez.

O barulho tomava conta da pequena construção. Alguns trabalhadores estavam irritados enquanto a maioria estava desconcentrada, desarmonizados, incapacitados de entrar em sintonia com os amigos espirituais… aquilo estava um caos!

A noite demorou a terminar. Fora desgastante para todos.

Quando os últimos trabalhadores ensaiavam deixar a Instituição, a mesma médium da comunicação anterior informou que os mentores da casa pediam uma reunião de emergência.

Assim foi feito.

A primeira pergunta feita ao Presidente do Centro, foi:
- Querido irmão, cabia a você ter evitado os graves prejuízos desta noite. Nós alertamos. Agora, gostaríamos de saber por qual motivo não foi providenciado um substituto para o trabalhador mais importante desta Casa, o nosso querido Luiz?

- Reza a lenda que o dirigente ficou uma semana procurando uma justificativa…

Essa pequena história, trazida à nossa mente por um querido espírito amigo, Japoaci, ilustra bem o quanto andamos distante da prática, da internalização do Evangelho de Jesus em nossos corações. Inúmeras vezes nos alertou o Mestre Nazareno que os últimos seriam os primeiros, e que o maior na Terra será o menor nos Céus e que o menor na Terra será o Maior no Reino dos Céus.

Humildade, Amor e Caridade verdadeira, praticada no silêncio de nossos corações: Eis as nossas ferramentas de evolução.

Orgulho, vaidade e maledicência praticados em mancheias em todas as situações: Eis os instrumentos de nossa perdição.

Que nos ampare o nosso Mestre Jesus,
“Médico de  almas.”