Cachorrinho

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Um menino entra na lojinha de animais e pergunta o preço dos filhotes à venda.



- Entre 30 e 50 dólares, respondeu o dono.



O menino puxou uns trocados do bolso e disse:



- Mas, eu só tenho 3 dólares...



- Poderia ver os filhotes?



O dono da loja sorriu e chamou Lady, a mãe dos cachorrinhos, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pêlo.



Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando de forma visível.



O menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:



- O que é que há com ele?



O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril - mancaria e andaria devagar para sempre.



O menino se animou e disse com enorme alegria no olhar:



- Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!



O dono da loja respondeu:



- Não, você não vai querer comprar esse.



Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de presente.



O menino emudeceu e, com os olhos marejados de lágrimas, olhou firme para o dono da loja e falou:



- Eu não quero que você o dê para mim.



Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo.



Na verdade, eu lhe dou 3 dólares agora e 50 centavos por mês, até completar o preço total.



Surpreso, o dono da loja contestou:



- Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho.



Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos.



O menino ficou muito sério, acocorou-se e levantou lentamente a perna esquerda da calça,



deixando à mostra a prótese que usava para andar...



Olhou bem para o dono da loja e respondeu:



- Veja... não tenho uma perna...



Eu não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.



Às vezes desprezamos as pessoas com que convivemos todos os dias, por causa dos seus "defeitos", quando na verdade somos tão iguais ou pior do que elas.



Desconsideramos que essas mesmas pessoas precisam apenas de alguém que as compreendam e as amem, não pelo que elas poderiam fazer, mas pelo que realmente são.



Amar a todos é difícil, mas não impossível.





"Nunca saberei o suficiente de algo, para que em algum momento de minha vida deixe de ser um aprendiz"





Autor desconhecido ou ignorado

O dia dos Namorados ou Marido perfeito

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Rosas vermelhas eram as suas favoritas, seu nome também era Rose.

E todo ano no dia dos namorados seu marido as enviava, atadas com lindos

enfeites. Mesmo no ano em que ele morreu, as rosas foram entregues em

sua porta.



O cartão dizia:

"Seja minha namorada"... como nos anos anteriores".

Cada ano ele enviava suas rosas e o cartão sempre dizia:

"Eu te amo mais este ano do que no ano passado. Meu amor por você

sempre aumentará com o passar dos anos."

Ela sabia que aquela seria a última vez que as rosas apareceriam E pensava:

* " Ele encomendou as rosas adiantado".

Seu amado marido não sabia que ele iria....mas, já estava próximo ao dia

dos namorados e sempre gostou de preparar as coisas com antecedência;

pois se estivesse muito ocupado, tudo funcionaria perfeitamente.



Ela ajeitou as flores, colocou-as num vaso especial e depois, colocou o

vaso ao lado do retrato sorridente dele. Sentou por horas na cadeira

favorita dele, enquanto olhava para sua fotografia e as rosas lá.

Um ano havia passado e tinha sido difícil viver sem seu companheiro. Em

solidão e isolamento havia sido transformado seu destino e então, na mesma

hora de sempre, como no Dia dos Namorados anterior, a campainha tocou,

e lá estavam as rosas, esperando em sua porta.



Ela levou-as para dentro e as olhou chocada então, foi ao telefone e ligou

para a floricultura. O dono atendeu e ela perguntou-lhe se poderia

explicar... porque alguém faria isso com ela causando tanta dor?

* "Eu sei que seu marido faleceu a mais de um ano __ disse o dono, "eu

sabia que ligaria e quereria saber. As flores que recebeu hoje foram pagas

adiantadas. Seu marido sempre planejou adiante, ele não deixava nada

imprevisto. Existe um pedido que eu tenho arquivado aqui e ele pagou

adiantado, você vai recebê-las todos os anos e tem outra coisa que você

deveria saber, ele escreveu um pequeno cartão especial... fez isso no ano

passado. E como eu descobri que ele não estava mais aqui... Aí está o

cartão".



Ela agradeceu e desligou, e suas lágrimas caíram copiosamente, seus dedos

tremiam, enquanto avançava devagar para pegar o cartão, em silêncio total,

ela lia o que ele havia escrito..



* "Oi, meu amor, eu sei que faz um ano que eu me fui, espero que não

tenha sido tão ruim pra você superá-lo, sei que deve estar solitária e que a

dor é grande, mas se fosse diferente, eu sei como eu me sentiria.

O amor que nós tivemos fez a minha vida ser maravilhosa. Eu amei

você mais do que as palavras podem dizer, você foi a esposa perfeita. Você

foi amiga e amante e me deu tudo o que precisei. Eu sei isto foi há apenas

um ano, mas por favor tente não ficar triste.



Eu quero que você seja feliz, mesmo quando banhada em lágrimas, por

isso é que as rosas serão enviadas durante anos. Quando você recebê-las,

pense na felicidade que tivemos juntos, e como fomos abençoados.

Eu sempre amei você e sei que sempre vou amá-la. Mas, meu amor, você

tem que continuar a ser feliz, você ainda está viva. Por favor.... tente

achar a felicidade, enquanto vive o resto dos seus dias. Eu sei que não é

fácil, mas eu espero que ache algum modo.



As rosas irão todos os anos, e só irão parar quando sua porta não

mais atender, quando o entregador parar de bater, ele irá cinco vezes nesse

dia, caso você tenha saído, mas depois desta última visita, quando ele não

tiver mais dúvidas, ele levará as rosas ao lugar onde eu o instrui e

colocará as rosas onde nós estaremos juntos novamente."



Autor desconhecido ou ignorado

A História de Mark

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Ele estava na primeira 3ª série em que eu lecionei na escola Saint Mary's em Morris, Minn. Todos os 34 alunos eram importantes para mim, mas Mark Eklund era um em um milhão. Muito bonito na aparência, mas com aquela atitude 'é bom estar vivo' que fazia mesmo uma travessura interessante.

Mark falava incessantemente. Eu tinha de lembrá-lo a toda hora que conversar sem pedir licença não era permitido. O que me impressionava muito, porém, era sua resposta sincera toda vez que eu precisava

chamar sua atenção pelas travessuras : "Obrigado por me corrigir, Irma!" Eu não sabia o que fazer disto, mas ao invés me acostumei a ouvir esta frase muitas vezes ao dia. Uma manha eu já estava perdendo a paciência quando o Mark falava repetitivamente, e eu cometi um erro de professor principiante.

Olhei para o Mark e disse- "Se você disser mais uma palavra, eu taparei sua boca com fita adesiva!" Passaram-se dez segundos quando Chuck deixou escapar- "O Mark está conversando de novo." Eu não havia pedido a nenhum dos alunos para me ajudar a cuidar do Mark, mas como dei o aviso da punição na frente de toda a classe, eu de tomar uma atitude. Eu lembro a cena como se fosse hoje. Eu caminhei até a minha mesa, deliberadamente abri minha gaveta, e peguei um rolo de fita adesiva. Sem dizer uma palavra, fui

até a mesa do Mark, destaquei dois pedaços de fita e fiz um X sobre a boca dele. Voltei, então, para a frente da sala de aula. Assim que olhei para o Mark para ver o que estava fazendo, ele piscou para mim. Isto foi o

suficiente!! Eu comecei a rir. A turma aplaudiu assim que retornei a mesa do Mark, removi a fita, e encolhi meus ombros. Suas primeiras palavras foram- "Obrigado por me corrigir, Irmã." Recebi uma proposta para

assumir uma turma de 1º grau de matemática no final do ano.

Os anos passaram, e antes que eu soubesse, Mark estava na minha turma novamente. Ele estava mais bonito que nunca e tão educado. Uma vez que teria de escutar atentamente minhas explicações na "nova matemática", ele não falou tanto na nona série, como fez na terceira. Numa Sexta-feira, as coisas não pareciam boas. Havíamos trabalhado duro a semana toda em cima de um conceito matemático, eu senti que os alunos estavam tensos, frustrados com eles mesmos, e nervosos uns com os outros. Eu tinha de parar

este mau humor antes que fugisse do meu controle. Então pedi a eles que listassem os nomes dos colegas de classe em duas folhas de papel, deixando um espaço entre cada nome. Daí eu disse a eles para pensarem na coisa mais legal que eles poderiam dizer sobre cada um dos seus colegas e escrever na lista.

Isto levou o restante do período de aula para terminar esta tarefa, e à medida que iam deixando a sala, cada um foi me entregando suas listas. O Charlie sorriu. O Mark disse - "Obrigado por me ensinar Irma. Tenha um

bom final de semana." Naquele Sábado, escrevi o nome de cada aluno numa folha separada, e listei o que cada os outros haviam escrito sobre cada indivíduo. Na Segunda-feira eu entreguei as listas para cada um dos Alunos.

Logo, toda a sala estava sorrindo. "Mesmo?" Eu ouvi um sussurros.

"Eu nunca pensei que eu significasse tanto para alguém!" "Eu não sabia que outros gostavam tanto de mim." Ninguém nunca mais mencionou sobre estes papéis em sala de aula. Nunca soube se eles discutiram sobre o

assunto depois da aula, ou com seus pais, mas não importava. O exercício atingiu o seu objetivo. Os alunos estavam felizes com eles mesmos e com os outros novamente. Aquele grupo de estudantes seguiu caminho.

Vários anos mais tarde, depois de retornar das minhas férias, meus pais se encontram comigo no aeroporto. No caminho de volta para casa, minha mãe me fez as perguntas usuais sobre a viagem, o tempo, minhas experiências em geral. Houve uma pausa na conversa. Minha mãe deu uma olhada para meu pai e disse- "Pai?" Meu pai limpou a garganta como sempre fez antes de dizer algo importante. "Os Eklunds ligaram ontem à noite," ele começou.

"Mesmo?" eu disse. "Eu não soube deles por anos. Eu fico imaginando como está o Mark."

O meu pai respondeu em baixo tom - "Mark foi morto no Vietnã," "O funeral é amanha, e os pais dele gostariam que você fosse." A partir deste dia, eu marquei o ponto exato da freeway I-494 quando o meu pai me deu a notícia sobre o Mark. Eu nunca havia visto um militar num caixão antes. Mark estava tão bonito, tão maduro. Tudo o que pude pensar naquele momento foi - "Mark, eu daria todas as fitas adesivas do mundo se você pudesse falar comigo."

A igreja estava cheia de amigos do Mark. A irmã do Chuck cantou "The Battle Hymn of the republic." Por que teve de chover no dia do funeral? Já era difícil o suficiente estar ao lado da sepultura. O pastor recitou as

orações normais e o trompete soou. Um a um aqueles que amavam Mark

aproximaram-se do caixão pela última vez e o borrifaram com água benta. Eu fui a última a abençoar o caixão. Enquanto eu estava ali, um dos

soldados que carregava um manto se aproximou e perguntou - "Você foi professora de matemática do Mark?" Eu concordei e continuei a olhar o caixão. "Mark falava muito sobre você." ele disse.

Depois do funeral, a maior parte dos colegas de Mark dirigiram-se para a fazenda de Chuck para o almoço. Os pais do Mark estavam lá, obviamente esperando por mim. "Nós queremos lhe mostrar algo" disse o pai,

tirando a carteira dele do bolso. "Eles acharam isto com o Mark quando ele foi morto. Achamos que você reconheceria." Abrindo a carteira, ele cuidadosamente removeu dois folhas de caderno bem velhas que foram

obviamente remendadas com fita, dobrados e desdobrados muitas vezes.

Eu já sabia, sem ter de olhar para elas, que se tratava daqueles papéis onde eu listei as coisas boas que cada um dos colegas do Mark haviam escrito sobre ele. "Muito obrigado por fazer isso." disse a mãe de Mark. "Como você pode ver, Mark apreciou muito." Os colegas do Mark começaram a se aproximar de nós. Charlie sorriu timidamente e disse - "Eu ainda tenho a minha lista. Está na primeira gaveta da minha escrivaninha em casa." A esposa do Chuck disse - "O Chuck me pediu para colocar a lista dele no nosso

álbum de casamento." "Eu tenho a minha também." disse Marilyn. "Está no meu diário." Então Vicki, uma outra colega, pegou a sua lista toda amassada do bolso e a mostrou para o grupo. "Eu sempre a carrego comigo." disse Vicki sem mover um cílio. "Eu acho que todos nós guardamos nossas listas."

Foi quando então, eu realmente sentei e chorei. Eu chorei por Mark e por todos seus amigos que nunca o veriam novamente.

Escrito por: Sister Helen P. Mrosla.

A palavra

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Era uma vez um pescador chamado Drid. Era um homem distinto, era vigoroso, de ar franco e seu olhar, quando ele ria, era tão vivo quanto o sol. Ora, eis o que lhe aconteceu:



Uma manhã, quando ele andava ao longo da praia, com sua vara de pesca sobre as costas, o rosto ao vento e os pés na areia molhada pelo movimento das ondas, encontrou em seu caminho um crânio humano. Esta parte humana depositada entre as algas secas, excitou imediatamente seu humor alegre e brincalhão. Ele parou diante do crânio, se inclinou e disse:



- Crânio, pobre crânio quem te conduziu até aqui?



Ele riu, não esperando nenhuma resposta. No entanto os maxilares esbranquiçados da peça se abriram num rangido e o pescador escutou esta simples frase:



- A palavra...



Drid saltou para trás; ficou um momento afoito como um animal assustado; depois vendo a cabeça do velho defunto tão imóvel e inofensiva quanto uma pedra, pensou ter-se enganado por algum sussurro da brisa, reaproximou-se prudentemente e repetiu, a voz tremendo, sua questão:



- Crânio, pobre crânio, quem te conduziu até aqui?



- "A palavra..." respondeu o interpelado, desta vez com um quê de impaciência

dolorosa, e uma indiscutível clareza.



Então Drid levou os punhos ao peito, soltou um grito de pavor; recuou, os olhos esbugalhados, deu meia volta e correu com os braços para o céu, como se mil diabos estivessem em seu encalço. Ele correu assim até sua aldeia.



Entrou como um raio nos aposentos de seu rei. O rei era um homem gordo que estava majestosamente sentado à mesa, degustando sua refeição matinal. Drid caiu a seus pés e, todo suado e arfando, disse:



- "Rei, na praia, lá longe, há um crânio que fala".



- "Um crânio que fala!", exclamou o rei. "Homem, estás sóbrio?"



- "Sóbrio, eu? Misericórdia eu não bebi desde ontem mais que uma cabaça de leite de cabra... Rei venerado, eu te suplico que acredite em mim, e eu ouso novamente afirmar que encontrei agora há pouco, quando eu ia à minha pesca cotidiana, um crânio tão perfeitamente falante como qualquer ser vivente".



- "Eu não acredito em nada disto, respondeu o rei. No entanto é possível que tu digas a verdade. Neste caso, não quero arriscar-me a ser o último a ver e ouvir esta considerável manifestação de um morto. Mas te previno: se por engano ou má intenção tu foste levado a vir contar-me uma lorota, homem de nada, tu o pagarás com tua cabeça!"



- "Eu não temo tua cólera, rei perfeito, porque sei bem que não menti", disse Drid, correndo já em direção à porta.



O rei estralou os dedos, tomou seu sabre, colocou-o na cintura e se foi trotando atrás de sua guarda, com Drid, o pescador.



Caminharam ao longo do mar até o monte de algas onde estava o crânio. Drid se inclinou e acariciando amavelmente sua fronte rochosa disse:



- "Crânio, eis diante de ti o rei da minha aldeia. Peço, por favor, diga-lhe algumas palavras de boas vindas".



Nenhum som saiu das mandíbulas de osso. Drid se ajoelhou, o coração batendo mais rápido.



- "Crânio, por piedade, fale. Nosso rei tem uma orelha fina, um murmúrio lhe será suficiente. Diga-lhe, eu te suplico, quem te trouxe até aqui".



O crânio miraculoso não pareceu entender mais que um crânio vulgar; permaneceu tão firmemente depositado quanto o mais medíocre dos crânios, tão mudo quanto um crânio imperturbavelmente instalado na sua definitiva condição de crânio, sob o grande sol entre as algas secas. Pois, calou-se obstinadamente.



O rei, fortemente irritado por ter sido incomodado por nada, tirou seu sabre da cintura com um rápido movimento.



- "Maldito mentiroso!", disse ele.



E sem outro julgamento, de um golpe certeiro arrancou a cabeça de Drid. Após o que, voltou reclamando para os seus assuntos de rei, ao longo das ondas.



Então, enquanto o rei se distanciava, o crânio abriu enfim seus maxilares rangendo e disse à cabeça do pescador que, rolando sobre a areia, viera juntar-se à sua, face contra face:



- "Cabeça, pobre cabeça, quem te conduziu até aqui?"



A boca de Drid se abriu, a língua de Drid saiu entre seus dentes e a voz de Drid respondeu:



- "A palavra".

Uma questão de pontuação

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Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:



Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres.



Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes.



1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:



Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.



2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:



Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.



3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:



Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.



4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:



Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.



Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença.

Amor, fartura ou sucesso

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Uma mulher saiu de sua casa e viu três homens com longas barbas brancas

sentados em frente ao quintal dela. Ela não os reconheceu. Depois de observar por algum tempo disse:



- Acho que não os conheço, mas devem estar com fome. Por favor entrem e

comam algo.



- O homem da casa está ? Perguntaram.



- Não, ela disse, está fora.



- Então não podemos entrar. Eles responderam.



A noite quando o marido chegou, ela contou-lhe o que aconteceu.



- Vá diga que estou em casa e convide-os a entrar.



A mulher saiu e convidou-os a entrar.



- Não podemos entrar juntos. Responderam.



- Por que isto ? - Ela quis saber - Um dos velhos explicou-lhe :



- Seu nome é Fartura. Ele disse apontando um dos seus amigos e mostrando o

outro, falou:



- Ele é o Sucesso e eu sou o Amor. E completou:



- Agora vá e discuta com o seu marido qual de nós você quer em sua casa.



A mulher entrou e falou ao marido o que foi dito. Ele ficou arrebatado e

disse:



- Que bom! Ele disse:



- Neste caso vamos convidar Fartura. Deixe-o vir e encher nossa casa de

fartura.



A esposa discordou:



- Meu querido, por que não convidamos o Sucesso ?



A filha do casal que ouvia do outro canto da sala apresentou sua sugestão:



- Não seria melhor convidar o Amor? Nossa casa então estará cheia de amor.



- Atentamos pelo conselho de nossa filha - disse o marido para a esposa - Vá

lá fora e chame o amor para ser nosso convidado.



A mulher saiu e perguntou aos três homens:



- Qual de vocês é o amor? Por favor entre e seja nosso convidado.



O amor levantou-se e seguiu em direção à casa. Os outros dois levantaram-se

e seguiram-no. Surpresa a senhora perguntou-lhes:



- Apenas convidei o Amor, por que vocês entraram?



Os velhos homens responderam juntos :



- Se você convidasse o Fartura ou o Sucesso, os outros dois esperariam aqui

fora, mas se você convidar o Amor, onde ele for iremos com ele. Onde há

amor, há também fartura e sucesso !!!



Autor: Desconhecido

Fome

Se você acredita, parece verdade!!

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Quantas vezes já dissemos: " Eu sou assim mesmo " ou " É, as coisas são assim ". Essas frases na realidade estão dizendo que isso é o que acreditamos como verdade para nós, e geralmente aquilo em que acreditamos não passa da opinião de outra pessoa que incorporamos no nosso sistema de crenças. Sem dúvida, ele se ajusta a todas as outras coisas em que cremos.



Você é uma dessas pessoas que acordam numa certa manhã, vêem que está chovendo e dizem: "Que dia miserável"?



Não é um dia miserável. É apenas um dia molhado. Se usarmos as roupas apropriadas e mudarmos nossa atitude, podemos nos divertir bastante num dia chuvoso. Agora, se nossa crença for a de que dias de chuva são miseráveis, sempre receberemos a chuva de mau humor. Lutaremos contra o dia em vez de acompanharmos o fluxo do que está acontecendo no momento.



Não existe "bom" ou "mau" tempo, existe somente o clima e nossas reações individuais a ele.



Se queremos uma vida alegre, precisamos ter pensamentos alegres. Se queremos uma vida próspera, precisamos ter pensamentos de prosperidade. Se queremos uma vida com amor, precisamos ter pensamentos de amor.Tudo o que enviamos para o exterior, mental ou verbalmente, voltará a nós numa forma igual.



Extraído do livro Você pode curar sua vida

O Granjeiro e o Sábio

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Um granjeiro pediu certa vez a um sábio, que o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de papel e colocou em uma caixa, que fechou e entregou ao granjeiro, dizendo

- "Leva esta caixa por todos os lados da sua granja, três vezes ao dia, durante um ano."



Assim fez o granjeiro. Pela manhã, ao ir ao campo segurando a caixa, encontrou um empregado dormindo, quando deveria estar trabalhando. Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos sem alimentar. E à noite, indo à cozinha com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os gêneros.



A partir daí, todos os dias ao percorrer sua granja, de um lado para o outro, com com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas.



Ao final do ano, voltou a encontrar o sábio e lhe disse : "Deixa esta caixa comigo por mais um ano; minha granja melhorou o rendimento desde que estou com o amuleto."



O sábio riu e, abrindo a caixa, disse :

- "Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida."

No papel havia escrito a seguinte frase : "Se queres que as coisas melhorem deves acompanhá-las constantemente".

Fila Indiana

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Para mim os homens caminham pela face da Terra em fila indiana

Cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.

Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades.

Na sacola de trás guardamos os nossos defeitos.

Por isso durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes

que possuímos, presas em nosso peito.

Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que está

adiante, todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de

nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.



Mude ainda dá tempo, e não esqueça...

Perceba o que você tem!

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O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac,

abordou-o na rua:



- Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o Senhor tão bem conhece.



Poderia redigir o anúncio para o jornal?



Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:



"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer

no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".



Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.



- Nem pense mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a

maravilha que tinha.



Moral da história:



Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos e vamos longe, atrás

da miragem de falsos tesouros



(autor desconhecido)

O que é o Amor ?

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Numa sala de aula, havia várias crianças.

Quando uma delas perguntou à professora: Professora, o que é o amor ?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera.

Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e

trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:

Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

A primeira criança disse : Eu trouxe esta flor, não é linda?

A segunda criança falou : Eu trouxe esta borboleta.

Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.

A terceira criança completou : Eu trouxe este filhote de passarinho.

Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?

E assim as crianças foram se colocando.

Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo.

Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.

A professora se dirigiu a ela e perguntou:

Meu bem, por que você nada trouxe?

E a criança timidamente respondeu:

Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume.

Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo.

Vi também a borboleta, leve, colorida.

Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.

Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.

Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho.

Como posso mostrar o que trouxe?

A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração.



Autora da Mensagem: Eliane de Araujoh (Escritora)

Extraída do Livro: "Historias para sua Criança Interior" - Editora Roka

O Burro

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No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de um famoso palácio real, um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pêlo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde,

aproximou-se formoso cavalo árabe que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:

- Triste sina a que recebeste! Não invejas minha posição em corridas?

Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!

- Pudera! - exclamou um potro de fina origem inglesa:

- como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça? O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente.

Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:

- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos do bruto amansador.

É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice.

Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.

Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:

- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo.

É animal desonrado, fraco, inútil, não sabe viver senão sob pesadas disciplinas.

Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio.

Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.

As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.

- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade, informou o monarca, um animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança. O empregado perguntou:

- Não prefere o árabe, Majestade?

- Não, não - falou o soberano, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.

- Não quer o potro inglês?

- De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.

- Não deseja o húngaro?

- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.

- O jumento espanhol serviria? - insistiu o servidor atencioso.

- De maneira nenhuma. É manhoso e não merece confiança.

Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:

- Onde está meu burro de carga?

O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais.

O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora,

mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho ainda criança, para longa viagem.

E ficou tranqüilo, sabendo que poderia colocar toda a sua confiança naquele animal...



Assim também acontece na vida.

Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros,

mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a servir,

sem pensar em si mesmos.

A fábula do vento e o sol

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O vento e o sol começaram a discutir quem era mais forte. O vento disse: "vou provar que sou o mais forte. Vê aquele velhinho lá em baixo? Aposto que consigo tirar o casaco dele mais depressa que você". Assim o sol se escondeu detrás de uma nuvem e deixou o vento soprar até quase se transformar em um furacão. Porém quanto mais forte soprava, tanto mais o velhinho se embrulhava no casaco.



Finalmente o vento se acalmou e desistiu. Quando o sol ressurgiu, apenas sorriu levemente para o velhinho, e este secando o suor da testa com a mão, tirou o casaco.



O astro-rei disse então ao vento:





" A bondade e a amabilidade são sempre mais fortes que a fúria e a

violência.

NUNCA MAIS EU RECLAMO

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De volta à meados dos anos 70...



Um homem esta viajando e para em um posto de gasolina em meio a um torrencial aguaceiro. Ele confortavelmente sentado dentro de seu carro seco, enquanto um homem, que assobiava alegremente enquanto trabalhava, encheu seu tanque debaixo daquela chuva terrível.



Quando o cliente estava partindo, como que se desculpando, disse,

- Sinto muito que você tenha que estar aí fora com este tempo.



O atendente respondeu,

- Não me aborrece nem um pouco. Quando eu estava lutando no Vietnã eu prometi a mim mesmo que se um dia eu conseguisse sair vivo daquele lugar, eu seria tão grato que nunca mais reclamaria sobre qualquer coisa novamente. E assim tem sido e nada me aborrece.



Assumir a responsabilidade por nossas atitudes é parte da construção de uma vida íntegra e feliz.

A mentira descoberta

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O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M.K. Gandhi para a Vida Sem Violência, em sua palestra de 9 de junho, na Universidade de Porto Rico, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência exemplificada por seus pais:



Eu tinha 16 anos e estava vivendo com meus pais no instituto que meu avô havia fundado, a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar.



Estávamos bem no interior do país e não tínhamos vizinhos. Assim, sempre nos entusiasmava, às duas irmãs e a mim, poder ir à cidade visitar amigos ou ir ao cinema.



Certo dia, meu pai me pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro, e eu me apressei de imediato diante da oportunidade.



Como iria à cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas do supermercado, as quais necessitava, e como iria passar todo o dia na cidade, meu pai me pediu que me encarregasse de algumas tarefas pendentes, como levar o carro à oficina.



Quando me despedi de meu pai, ele me disse: 'Nós nos veremos neste local às 5 horas da tarde e retornaremos à casa juntos.'



Após, muito rapidamente, completar todas as tarefas, fui ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que me esqueci do tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando me lembrei.



Corri à oficina, peguei o carro e corri até onde meu pai estava me esperando. Já eram quase 6 horas da tarde.



Ele me perguntou com ansiedade: 'Por que chegaste tarde?' Eu me sentia mal com o fato e não lhe podia dizer que estava assistindo um filme de John Wayne. Então, eu lhe disse que o carro não estava pronto e que tive que esperar... isto eu disse sem saber que meu pai já havia ligado para a oficina.



Quando ele se deu conta de que eu havia mentido, disse-me: 'Algo não anda bem, na maneira pela qual te tenho educado, que não te tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas à casa e pensar sobre isto.'



Assim, vestido com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até a casa, por caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados.



Não podia deixá-lo só. Assim, dirigi por 5 horas e meia atrás dele... vendo meu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que eu havia dito.



Decidi, desde aquele momento, que nunca mais iria mentir.



Muitas vezes me recordo desse episódio e penso.. Se le me tivesse castigado do modo que castigamos nossos filhos... teria eu aprendido a lição?... Não acredito... Se tivesse sofrido o castigo,



continuaria fazendo o mesmo...Mas, tal ação de não-violência foi tão forte que a tenho impressa na memória como se fosse ontem...



Este é o poder da vida sem violência.

Proporções:

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Se fosse possível reduzir a população do mundo inteiro em uma vila de 100 pessoas,

mantendo a proporção do povo existente agora no mundo, tal vila seria composta de:



57 Asiáticos

21 Europeus

14 Americanos (Norte, Centro e Sul)

8 Africanos

52 seriam mulheres

48 homens

70 "não brancos"

30 brancos

70 não cristãos

30 seriam cristãos

89 seriam heterossexuais

11 seriam homossexuais

6 pessoas possuiriam 59% da riqueza do mundo inteiro e todos os 6 seriam dos EUA

80 viveriam em casas inabitáveis

70 seriam analfabetos

50 sofreriam de desnutrição

1 estaria para morrer

1 estaria para nascer

1 teria computador

1 (sim, apenas 1) teria formação universitária



Se o mundo for considerado sob esta perspectiva, a necessidade de aceitação, compreensão e educação torna-se evidente.



Considere ainda que se você acordou hoje mais saudável que doente, você tem mais sorte que um milhão de pessoas que não verão a próxima semana.



Se nunca experimentou o perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia da tortura, a dor da fome, você tem mais sorte que 500 milhões de habitantes no mundo.



Se você pode ir à igreja sem o medo de ser bombardeado, preso ou torturado, você tem mais sorte que 3 milhões de pessoas no mundo.



Se você tem comida na geladeira, roupa no armário, um teto sobre sua cabeça, um lugar para dormir, considere-se mais rico que 75% dos habitantes deste mundo.



Se tiver dinheiro no banco, na carteira ou um trocado em alguma parte, considere-se entre os 8% das pessoas com a melhor qualidade de vida no mundo.



Se seus pais estão vivos e ainda juntos, considere-se uma pessoa muito rara.



Se puder ler esta mensagem, você recebeu uma dupla benção, pois alguém pensou em você e você não está entre os 2 milhões de pessoas que não sabem ler.



Vale a pena tentar...



"Ame como se ninguém nunca o houvesse feito sofrer

Trabalhe como se não precisasse do dinheiro

Dance como se ninguém estivesse olhando

Cante como se ninguém estivesse ouvindo

Viva como se aqui fosse o paraíso."

O vestido azul

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Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita.

Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.



O professor ficou penalizado com a situação da menina.



"Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?".



Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.



Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.



Quando acabou a semana, o pai falou: "mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim."



Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.



Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.



A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.



E tudo começou com um vestido azul.



Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.



Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?



Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?



Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.



É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.



Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.



Você acaba de receber um lindo vestido azul.



Faça a sua parte.



Ajude-nos a melhorar o PLANETA!

A Águia - Decisão, renovação e vitória

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A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.



Aos 40 anos ela está com: As unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!



Então, a águia só tem duas alternativas: Morrer... ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o

qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.



Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.



Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Não julgue para não ser julgado

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Certa vez, em uma cidade do interior de Minas, um padeiro foi ao delegado e deu queixas do vendedor de queijos que segundo ele estava roubando, pois vendia 800 gramas de queijo e dizia estar vendendo 1 kilo.



O delegado pegou o queijo de 1 kilo e constatou que só pesava 800 gramas e mandou então prender o vendedor de queijos sob a acusação de estar fraudando a balança.



O vendedor de queijos ao ser notificado da acusação, confessou ao delegado que não tinha peso em casa e por isso, todos os dias comprava dois pães de meio kilo cada, colocava os pães em um prato da balança e o queijo em outro e quando o fiel da balança se equilibrava ele então sabia que tinha um kilo de queijo.



o delegado para tirar a prova mandou comprar dois pães na padaria do acusador e pode constatar que dois pães de meio kilo se equivaliam a um kilo de queijo. concluiu o delegado que quem estava fraudando a balança era o mesmo que estava acusando o vendedor de queijos.



Nós somos um pouco assim e muitas vezes acusamos os outros de nossos próprios vícios.

O Homem: As Viagens

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O homem, bicho da Terra tão pequeno

chateia-se na Terra

lugar de muita miséria e pouca diversão,

faz um foguete, uma cápsula, um módulo

toca para a Lua

desce cauteloso na Lua

pisa na Lua

planta bandeirola na Lua

experimenta a Lua

civiliza a Lua

humaniza a Lua

Lua humanidade: tão igual à Terra.

O homem chateia-se na Lua.



Vamos para Marte - ordena a suas máquinas.

Elas obedecem, o homem desce em Marte

pisa em Marte

experimenta

coloniza

civiliza

humaniza Marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.

Vamos a outra parte?

Claro - ; diz o engenheiro

sofisticado e dócil.

Vamos a Vênus.



O homem põe o pé em Vênus,

vê o visto ; é isto?

idem

idem

idem.



O homem funde a cuca se não for a Júpiter

proclamar justiça junto com injustiça

repetir a fossa

repetir o inquieto

repetitório.



Outros planetas restam para outras colônias.

O espaço todo vira Terra-a-terra.

O homem chega ao Sol ou dá uma volta

só pra tever?

Não vê que ele inventa

roupa insiderável de viver no Sol.

Põe o pé e:

mas que chato que é o Sol, falso touro

espanho domado.



Restam outros sistema fora

do solar a colonizar.

Ao acabarem todos

só resta ao homem

(estará equipado?)

a dificílima dangerosíssima viagem

de si a si mesmo:

pôr o pé no chão

do seu coração

experimentar

colonizar

civilizar

humanizar

o homem

descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas

a perene, insuspeitada alegria

de conviver.



Carlos Drummond de Andrade

O PODER DA LEITURA

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Nada pode enriquecer mais nossa vida do que um livro.

Por David McCullough

Um dia, em pleno inverno, Theodore Roosevelt subiu em um barco improvisado, no Rio Little Missouri, em perseguição a ladrões que haviam roubado seu precioso barco a remo.



Vários dias depois, alcançou-os e os ameaçou com sua Winchester, rendendo-os. Roosevelt então tratou de levar os ladrões para entregá-los à Justiça.



Percorreram as terras ermas e cobertas de neve até a cadeia da cidade de Dickinson, e Roosevelt caminhou os cerca de 65 quilômetros - façanha espantosa. O que torna o episódio memorável, porém, é que durante essa jornada ele conseguiu ler Anna Karenina, de Tolstoi.



Penso nisso muitas vezes quando ouço alguém dizer que não tem tempo para ler. Estima-se que o brasileiro tenha em média quatro horas por dia para assistir à TV. Dizem que a pessoa comum lê à velocidade de 250 palavras por minuto. Assim, segundo essas estatísticas, poderíamos ler em uma semana os poemas completos de T.S. Eliot, duas peças de Thornton Wilder, os poemas completos de Maya Angelou, O Som e a fúria, de Faulkner, O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, e o Livro dos Salmos.



Mas uma semana é muito tempo pelos padrões de hoje, quando as informações podem ser obtidas ao toque de um dedo. QUEREM NOS CONVENCER DE QUE INFORMAÇÃO É APRENDIZAGEM, E ISSO É CONVERSA FIADA. Saber a superfície de um estado ou a capacidade do salto de uma pulga pode ser útil, mas não é aprendizado em si. O maior caminho para a aprendizagem - para a sabedoria, a aventura, o prazer, a compreensão da natureza humana, de nós mesmos, do mundo e de nosso lugar dentro dele - está na leitura de livros.



Leia sempre, a vida toda. Nunca inventaram nada que nos desse tanta substância, recompensas tão infinitas pelo tempo dedicado, quanto um bom livro. Leia à vontade. Deixe que um livro conduza a outro. Isso quase sempre acontece.



Escolha um grande escritor e leia toda sua obra. Leia sobre lugares onde nunca esteve. Leia os livros que mudaram a História: de seu país ou do mundo (como a autobiografia de Frederick Douglass e Primavera silenciosa, de Rachel Carson).



Leia os livros que sabe que devia Ter lido, mas que imagina enfadonhos.



Um clássico pode ser definido como um livro que é publicado por muito tempo quando é excepcional. Pôr que excluir o excepcional de sua experiência de vida? E quando ler um livro que lhe agrade - uma história que tenha ampliado sua experiência de vida, que tenha "acendido a chama" -, então espalhe isso aos quatro ventos.



Levar um livro aonde quer que vá é um conselho bom e antigo. O presidente americano John Adams aconselhou o filho John Quincy a ter sempre consigo um livro de poesias. " Você nunca estará só", explicou, tendo no bolso um poeta."



Revista Seleções Novembro 2000

AS REGRAS PARA SER HUMANO

(Desconheço o autor)



1 Você receberá um corpo.

Você pode gostar dele ou odiá-lo, mas ele será seu enquanto durar seu tempo por aqui.



2 Você fará um aprendizado.

Você está inscrito por tempo integral numa escola informal chamada Vida. A cada dia nesta escola você terá a oportunidade de aprender lições. Você pode gostar das lições ou achá-las estúpidas ou irrelevantes.



3 Não existem erros, apenas lições.

Crescer é um processo de tentativa e erro: experimentação. Os experimentos “fracassados” são parte do processo, tanto quanto o experimento que efetivamente “funciona”.



4 Uma lição será repetida até que seja aprendida.

Uma lição lhe será apresentada de formas variadas, até que você a tenha aprendido. Quando a tiver aprendido, você poderá passar à lição seguinte.



5 O aprendizado nunca termina.

Não há parte da vida que não contenha suas lições. Enquanto você estiver vivo, haverá lições a serem aprendidas.



6 “Lá” não é melhor do que “aqui”.

Quando o seu “lá” tiver se tornado um “aqui”, você simplesmente obterá outro “lá”, que novamente parecerá melhor do que “aqui”.



7 Os outros são meramente seus espelhos.

Você não pode amar ou odiar algo em outra pessoa, a menos que isso reflita algo que ama ou odeia em si mesmo.



8 O que você faz de sua vida é escolha sua.

Você possui todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que fará com eles depende de você. A escolha é sua.



9 Suas respostas estão dentro de você.

As respostas às questões da Vida estão dentro de você. Tudo o que você precisa fazer é ver, ouvir e confiar.



10 Você se esquecerá de tudo isto.



11 Você poderá se lembrar quando quiser.