“Força do Perdão”

Sabemos que há situações que são difíceis de perdoar.
Há casos graves entre amigos, irmãos, casais, pais e filhos...
Nestes momentos falamos/aconselhamos:
“PERDOE, ESQUEÇA. VIVA SUA VIDA”.
E sempre ouvimos:
“Você fala isto porque não foi com você.
Queria ver se você estivesse no meu lugar”.
Conto-lhes uma pequena e bela história para ilustrar nossa exposição:
Esta história aconteceu na Palestina, no oriente médio, onde também ficam Jerusalém, Nazareth e Belém, terra natal de Jesus.
Lá vivem os Beduínos em tendas espalhadas pelo deserto.
Conta-se que um Beduíno estava dentro de sua tenda, ao sol da Palestina, quando entrou correndo um rapaz e se escondeu atrás dele, chorando e soluçando. Logo em seguida entraram alguns homens empunhando suas facas e ordenaram ao beduíno:
“Dá-nos este rapaz, pois ele é um assassino”. No que o Beduíno respondeu:
“Ninguém põe a mão nele!”
“Há uma lei entre nós que diz que quando um assassino se refugia numa tenda e o dono da tenda lhe der abrigo, ele estará salvo e absolvido. Compadeci-me deste garoto e quero perdoar-lhe”. E os homens lhe disseram: “Você quer perdoá-lo porque não sabe o que ele fez e nem a quem matou”. O Beduíno completou: “Não me importo, eu quero perdoá-lo”.
Então, os homens lhe revelaram: “Ele matou seu filho. Vá ver o corpo dele sangrando lá fora”.
O Beduíno caiu num profundo silêncio e enxugando as lágrimas disse:
“Então, eu vou criá-lo como se fosse o meu filho que ele matou”.
(O nome desta história é a “Força do Perdão”.
Fica-nos a lição: O verdadeiro sentido do perdão).

O SÁBIO E O ESCORPIÃO (A INDULGÊNCIA)

O SÁBIO E O ESCORPIÃO (A INDULGÊNCIA)

“Certa vez, na Índia, um sábio passava, com seu discípulo, à margem do Rio Ganges, quando viu um escorpião que se afogava. Ele então correu e, com a mão, retirou o bichinho e o trouxe à terra firme.
Naquele instante, o escorpião o picou... Dizem que é uma dor terrível... Inchou a mão do sábio.
Assim que ele o colocou no chão, pacientemente, o escorpião voltou para a água. E ele, com a mão já inchada, debaixo daquelas dores violentas, vai e o retira novamente.

E o discípulo a observar...
Numa terceira vez em que ele traz o escorpião, já com a mão bastante inchada e as dores violentas, ele o põe mais distante, em terra. Aí, o discípulo já não suporta mais aquilo e diz:
- Mestre, eu não estou entendendo... Este bicho... É a terceira vez que o senhor vai retirá-lo da água e ele pica sua mão dessa maneira. O senhor deve estar sofrendo dores terríveis!...
E ele, com a fisionomia plácida das almas que conhecem o segredo do bem, daqueles que já realmente conquistaram um território de amor e renúncia no coração, que têm a visão das verdades celestes, vira-se para o discípulo e diz:



Livro:  Um Minuto Com Chico Xavier
            José Antônio Vieira de Paula

Relato da história da “Harvard e Stanford”



História que ensina o valor de julgamentos equilibrados; da sabedoria de não julgar pelas aparências ou pela primeira impressão; o valor da generosidade e do retorno à comunidade do muito que ela nos faz.            
Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão já desbotado, e seu marido, trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard.Eles vinham de Palo Alto, Califórnia e não haviam marcado entrevista.A secretária, num relance, achou que aqueles dois com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard.
– Queremos falar com o presidente, disse o homem em voz baixa.
– Ele vai estar ocupado o dia todo, respondeu rispidamente a secretária.
– Nós vamos esperar.
A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.
– Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora, disse ela.
O presidente suspirou com irritação, mas concordou.
Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório. Com o rosto fechado, ele foi até o casal.
– Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano, disse a mulher. Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui, mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
– Minha senhora, disse rudemente o presidente, não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu, se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
– Oh, não, respondeu rapidamente a senhora. Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.
O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
– Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida idéia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.
A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
– Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?
O marido concordou.
O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso. Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.