Melhores Amigos

Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto, quando em determinado ponto da viagem, bastante cansados, um agrediu o outro. O ofendido , sem nada dizer, pegou o seu cajado e escreveu na areia: "hoje o meu melhor amigo me derrubou no chão". Passado algum tempo, seguiram viagem pelo deserto, até chegar a um oásis. Lá, se banharam à vontade, até que o amigo que havia sido agredido, começou a se afogar. O outro nadou até ele e o trouxe até a margem, são e salvo. Foi quando o amigo resgatado pegou seu saibro e escreveu em uma pedra, cercada de vegetação: "hoje o meu melhor amigo salvou a minha vida". O primeiro perguntou: "por que quando você foi agredido, você escreveu seu sentimento na areia, e quando foi salvo escreveu na pedra"? O outro respondeu,sorrindo: "quando um grande amigo nos ofende, devemos registrar esse dano na areia, para que o vento do esquecimento e do perdão se encarreguem de apagá-lo. Mas quando um amigo nos faz algo grandioso, devemos registrar esse momento na pedra da memória e do coração, onde vento nenhum do mundo pode apagar!
  Amigos de verdade não precisam se falar sempre. Não precisam se visitar sempre. Nossos amigos verdadeiros são aqueles que se alegram com as nossas vitórias  são os primeiros a serem solidários em nossos infortúnios. Esta é a semana dos melhores amigos do mundo.

TEM PÃO VELHO? 🥖

TEM PÃO VELHO? 🥖

Vou contar um fato corriqueiro, que inesperadamente me trouxe uma grande lição de vida.
Era um fim de tarde de sábado. Eu estava molhando o jardim da minha casa, quando fui interpelada por um garotinho com pouco mais de nove anos, dizendo:
- Moça, tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho, sempre me incomodou, desde criança.
Olhei para aquele menino tão nostálgico, e perguntei:
-Onde você mora?
- Depois do Zoológico.
- Bem longe, hein?
- É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
- Você está na escola?
- Não. Minha mãe não tem dinheiro para comprar material.
- Seu pai mora com vocês?
- Não, ele sumiu.
E o papo prosseguiu, até que disse:
- Vou buscar o pão. Serve pão novo?
- Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, e isso é  suficiente.
A resposta caiu em mim, como um raio. Tive a sensação de ter absorvido toda a solidão e falta de amor daquela criança, daquele menino de apenas nove anos, já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de um papo,  de uma conversa amiga.
Quantas lições podemos tirar dessa resposta: "Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, e isso é suficiente".
Que poder mágico, tem o gesto de falar e ouvir com amor. Alguns anos já se passaram, e continuam a pedir "pão velho" na minha casa... e eu, dando pão novo, mas procurando,  antes, compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.
Este pão de amor, não fica velho porque é fabricado no coração de quem acredita Naquele que disse:
"Eu Sou o pão da vida!"

Fique atento a quantas pessoas podem estar esperando uma só palavra de acolhimento da sua parte.